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MARATONA 2/3
- Vamos logo, Aurora. - Falei.

- Espera aí, quem está andando devagar é você... Por causa da sua perna. - Bem, ela estava certa.

"Peça para Aurora deixar você na frente da lanchonete... e nem pensei em ir sozinha com sua perna deste estado."

Recebi uma mensagem de Gavira.

Entramos no carro e Aurora fez exatamente o que ele pediu na mensagem, mas antes ela ressaltou que não estava fazendo isso por Gavi, mas por mim.

- Faça a escolha certa. - Aurora disse toda dramática.

Chegamos e Gavira estava na frente da lanchonete, usava uma blusa de botões branca e uma calça preta, usufruía de um cigarro em uma inocência impressionante, seu braço fechado em tatuagem o deixava mais gostoso ainda.

Ele logo reconheceu o carro de Aurora e jogou o cigarro fora pisando em cima, veio até o carro e abriu a porta para mim, me apoiei nele para sair e o seu maravilhoso perfume invadiu minhas narinas, quase que eu afrouxei e caí de volta para o carro, ele riu e me deu um selinho leve.

Em seguida ele pegou minhas muletas que estavam no banco de trás e me entregou.

- Ou eu posso levar você no colo. - Ele brincou.

- Você não vai nem me agradecer? Eu trouxe ela aqui. - Aurora retrucou.

- Tchau, barata esmagada. - Ele disse e riu.

- Você prometeu que não me chamaria mais assim, seu trouxa. - Ela xingou.

- Droga, uma promessa não cumprida. - Ele piscou para ela e me coordenou até nós estarmos dentro daquela lanchonete.

- Você tem uma implicância muito chata com Aurora, sabia?!

- Ela não me desce. - Ele deu de ombros enquanto me ajudava à sentar. Em seguida sentou em sua cadeira. - O que vocês gostariam de comer? - O garçom perguntou.

- Vitória, claro. - Gavi respondeu e eu o olhei com cara feia, o garçom ficou meio sem graça. - Tô zoando, cara... - Ele disse. - Ok, nem tanto. - Ele se inclinou para sussurrar para o cara. - Mas enfim, lança aquele risoles de frango maravilhoso que vocês tem aqui. - Gavi disse. - E você, Vick. Vai querer o que?

- Uma coxinha de frango. - Falei. - E uma pepsi bem gelada, obrigada. - Gavi me olhou e deu uma risada. - O que houve?

- Muito engraçado, Gavira. - Dei uma risada irônica para ele. - Sabe... Eu não sabia que você curtia lanchonetes, aquela vez que eu vi você entrar aqui com Belen até estranhei..

- Por que você diz isso?

- Porque você é Pablo Gavira, seu negócio é luxo, por que não me levou para comer caviar? - Fui meio irônica.

- Porque você cuspiria tudo na minha cara. - Ele riu e eu mostrei a língua para ele. - Quem mostra a língua pede beijo. - Ele disse e se aproximou dando uma mordida de leve em meu lábio inferior.

- E por que você não me deu isso? Não me contento com uma simples mordida. - Pisquei para ele e em seguida ele sugava meus lábios contendo uma saudade infinitas, nosso beijo era quente e intenso, eu senti muita falta daqueles lábios. Gavi me beijava ferozmente, quase acabando com o fôlego que me restava, meu corpo já sinalizava que queria uma noite louca com Gavira.

- Então... - O garçom coçou a garganta e nós paramos o beijo rindo. - Aqui estão o pedido de vocês.

- Porra, atrapalhou nosso beijo, cara. - Gavira disse.

- Não da bola pra ele, você só está fazendo o seu trabalho. - Falei para o cara. - Obrigada. - Agradeci, o garçom assentiu e se afastou de mesa

- Podemos continuar?

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora