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- Olha Gavi... Já está tarde e acho melhor eu ir embora - falei tentando fugir

- Não - ele disse grosso e autoritário - Você vai subir - e por algum motivo eu obedeci

Sentei-me no sofá enquanto observava Gavi servir um copo de Whisky

- Você quer? - ele me ofereceu

- Eu não bebo - pensei que ele já sabia

- Ok, você não sabe o que está perdendo - ele deu de ombros

- É, devo estar perdendo muita coisa mesmo - murmurei ao ver sua careta após dar um gole na bebida - ... Você pode ser um pouco mais direto? - falei

- Ah claro... - ele deu mais um gole - Você é uma vadia e está sabendo e se envolvendo demais nas coisas... - ele disse naturalmente

- Vadia não! - levantei-ME - Eu sou ouro perante das putas que você pega, e pode confessar que você também acha isso Gavira - cheguei mais perto o encarando

- Ah, não se iluda Vitória. Você não está com essa bola toda - ele disse largando a taça com a bebida

- Não estou? - falei logo tirando a blusa e ficando apenas de sutiã - Tem certeza? - ri ao ver o olhar de Gavira parar em meu corpo enquanto mordia os lábios hipnotizado. Ele avançou o sinal me pegando com tremenda força.

- Ok, talvez um pouco... - ele sussurrou em meu ouvido

O empurrei e me agachei para pegar minha blusa de volta. Inútil. Gavira foi mais rápido e pegou antes de mim.

- Me devolva - gritei

- Mal tirou e já quer colocar? Ah que sem graça - Gavi disse com um sorriso totalmente malicioso

- Me devolva Gavira. Eu não estou brincando - falei séria

- Ninguém mandou você tirar - ele disse indiferente

- Ah é? Então eu vou sair assim mesmo na rua - falei indo até a porta, a abrindo e depois indo até o elevador apertando o botão.

- Volta aqui - Pablo veio até mim e me pegou a força - Você não vai sair assim - ele disse me colocando para dentro do apartamento e trancando a porta. E dessa vez, as coisas haviam mudado, eu estava gostando.

- Nossa Gavira. Como você é possessivo - falei provocativa - E olha que eu nem sou sua

- Você não é minha? Tem certeza?

- Absoluta - exclamei - Por que eu seria sua? Você é grosso demais. Tem que ter romantismo, onde está as rosas vermelhas? Poxa, que fora hein Gavira - me fiz de boba e cruzei os braços. Ele riu irônico

- Aí que está - ele começou a falar - Um dia eu estava pensando...

- Não, espera um pouco... - interrompi - Você pensa? Ai meu deus, que orgulho - impliquei

- Cala a boca porra. Não me interrompe, eu odeio que me interrompam. Já não basta eu estar com o cu entalado de tanta raiva por causa das drogas das suas intromissões nos meus assuntos, e não é a primeira vez que você me impede de acabar com o seu amiguinho boiola - tentei falar algo, mas ele não deixou - Ah e sem contar, que você é uma burra... - ele partiu para as ofensas - Preferiu a vida do seu amiguinho em troca da sua virgindade, sendo que ele é um cuzao e nem te valoriza, só sabe pisar em você... E hoje, estava prestes a morrer. Inútil isso né? - Gavi estava sabendo como me atingir perfeitamente

- Você não cumpriu seu trato - falei

- Cumpri sim e muito bem, desde quando eu quebro tratos? - ele disse firmemente - No dia seguinte eu não lembro de ter batido nele

- seu pau no cu - gritei - Você me enganou

- Eu não te enganei gata. Você que foi burra e acabou entendendo tudo errado. Nosso trato só valia para eu não acabar com o Bellingham no dia seguinte e não para a vida toda. Ridícula. Ou você acha que Jude ia mandar 5 homens baterem em mim, mandar invadir meu cofre, roubar 15 milhões, entre outras merdas e eu, Pablo Gavira, ia ficar batendo palmas pro show dele porque você passou uma noite comigo? Se liga garota, vadias é o que menos falta para eu comer - meus olhos se encheram de lágrimas por causa da enorme raiva que me consumia, peguei um vaso médio de vidro que enfeitava a mesa de Gavi e quando me dei conta, o vaso havia atingido no braço e o quebrado.

Gavira levou a mão esquerda ao seu braço direto que agora sangrava, logo ele olhou incrédulo com os olhos em chamas de tanto ódio, foi aí que eu percebi: Eu nasci para fazer merda

- Eu vou matar você - Gavira tirou a arma da cintura. Engoli um seco. Pedri adoraria estar presente naquele momento. Gavi apontou aquele troço para mim, chegando mais perto e mirando bem na minha testa. Todo o medo que eu não havia sentido dele em todo esse tempo, estava ali. Eu tremia e me sentia fria, mas em nenhum momento deixei de olhar Gavi nos olhos.

- Ninguém, ninguém mesmo, tem direito de tocar em mim causando algum tipo de estrago - olhei para seu braço sangrando

- Na verdade, foi o vaso que tocou em você... - como tive coragem de falar aquilo.

- Você adora brincar né Vitória? Até nas horas erradas, desculpe dizer mas, ninguém faz meu sangue escorrer e sai vivo.

- Mas aqueles caras que Jude mandou te bater em você...

- Estão mortos - Gavi gritou, em nenhum momento ele tirou a arma da minha testa, eu odiava aquele seu jeito, eu o odiava. Comecei a entender mais ainda porque as pessoas o temiam

- Gavi, pa-para com isso - disse nervosa e tremendo

- Você quer que eu pare vadia? Repete, quero ver você sofrendo - ele riu

- Eu não sou vadia - não suportava quando ele me chamava assim

- Você realmente não tem medo de morrer mesmo né? - ele disse

- Gavi, pare de enrolar, me mate logo - falei já cansada daquilo

- Seria muito fácil - ele abaixou a arma - Eu não gosto de coisas fáceis - Mentira, ele não tinha coragem de me matar, eu podia ver e sentir aquilo. - Deveria ter deixado para Pedri - ele largou a arma em cima da mesa - respirei novamente, nossa eu havia me esquecido como era bom respirar - Agora pegue algo para fazer um curativo na merda que você fez, antes que eu mude de ideia - Gavi disse autoritário e eu peguei minha blusa a vestindo novamente

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora