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MARATONA 3/3
Três dias depois.

- Nunca pensei que um dia você e aquele idiota teriam paz. Sério. Já estava na hora de vocês serem felizes um pouco. - Aurora disse e eu ri. - Não estão mais brigando?

- Batemos o nosso recorde. - Falei. - E você e Pedri?

- Estamos bem, voltamos. Mas eu ainda estou meio magoada com o que ele fez.

- Vão ficar de conversinha ou vão fazer as atividades? - A professora chamou a atenção
.
- Essas garotas não calam a boca. - Anita reclamou. - Eu quero me concentrar, que saco.

- Garota, você está mexendo em seu celular. - Revirei os olhos.

PABLO GAVIRA:
- Pablo Gavira? Aqui é o professor de Amanda. - Aquele boiola me ligou.

- Qualé que deu, boi... hã... qual seu nome mesmo? - Perguntei.

- Dybala. - O cara disse simples. - Eu liguei para lhe dizer que sua filha está passando mal, ela vomitou duas vezes, eu aconselho você a pegá-la e leva-la em um médico, percebi que é uma pequena virose, mas mesmo assim a leve, para não se tornar algo grande. - Desliguei o celular na cara dele e saí correndo para pedir permissão para poder sair dessa porra, eu corria por aqueles corredores em direção da sala da diretoria, até que trombei em alguém.

- Puta que pariu. Não olha por onde... Vitória? - Ela estava parada em minha frente.

- Preciso ir ao banheiro. - Ela disse. - Qual o motivo da sua pressa?

- Amanda... Dybala ligou e disse que ela vomitou, eu tenho que ir para lá o mais rápido possível.

- Nós temos. - Ela me corrigiu e eu ergui uma sobrancelha

- Ah é? E como você vai sair?

- Peça sua permissão e me espere lá fora, eu farei tudo o mais rápido possível. - Ela disse segura e eu entrei como um furacão na sala daquela diretora.

- Senhor, Gavira. - Ela ajeitou a gola da camisa. - Precisa de algo?

- Sim, preciso sair, minha... minha filha está doente e eu tenho que pega-la na creche.

- Você tem uma filha? - Ela estranhou o fato. - Tão novo...

- É, acontece. - Tentei ser o mais educado possível. - Posso sair?

- Sim, claro. Melhoras para a sua filha. Deve ser tão linda quanto o pai. - Ela tentou fazer uma voz sensual, mas estava velha demais para isso, então a única coisa que aconteceu foi meu estômago ter embrulhado.

- Obrigado. - Saí rapidamente da sala e corri para o estacionamento onde estava meu carro, Vitória estava com a perna quebrada, então deduzi que ela não iria fazer nada rápido, mas mesmo assim, esperei, ela era unica que saberia o que fazer perante á essa situação.

VITÓRIA MOURA:
- Ai. - Falei meio alto para chamar a atenção assim que eu entrei na sala. - Não estou me sentindo bem. - A professora olhou-me rapidamente achando que fosse algum efeito do acidente.

- Tudo bem, Vitória? - Ela perguntou

- O que aconteceu, Vick? - Aurora perguntou inocentemente.

- Aquelas dores de novo. - Falei.

- Você não quer ir até a enfermaria? - O professor perguntou

- Rora, vamos comigo? - Ela assentiu rapidamente e nós saímos.

- O que aconteceu? - Ela perguntou enquanto esperávamos o elevador. - Você está bem? - Sorri e contei que era fingimento, eu apenas precisava sair, contei o fato de Amanda.

- Ah, sim. Vou te ajudar. - Entramos no elevador e em seguida estávamos no andar da diretoria, ignoramos totalmente a enfermaria.

- Senhora, Abigail. - Aurora entrou e eu estava abraçada nela, como se precisasse de algum apoio, mesmo estando com as muletas ali.

- O que aconteceu? - Ela olhou rapidamente

- Vitória não está passando muito bem. - Fiz cara de dor.

- Preciso ir para a casa e descansar meu corpo, está doendo. - Tentei ser o mais realista possível.

- Vou ligar para o seu pai, só um minutinho. - Ela disse pegando o telefone.

- NÃO. - Eu e Aurora gritamos em uníssono, a diretora nos olhou assustada

- É que... ele está trabalhando, você sabe e não é nada grave, só que o médico disse que se eu sentisse alguma dor, era para eu descansar. - Menti.

- Tudo bem, você está liberada. - Ela me entregou um papel que eu tinha que mostrar na saída. Foi mais fácil do que eu pensava, porém eu precisava ser rápida.

- Vou te levar até a saída, hoje á noite levo seu material para você. - Ela era a melhor amiga do mundo.

- Gavira? - Chamei sua atenção, ele estava encostado no carro, impaciente.

- Porra, Vitória que demora. - Ele meio que me xingou. - Entra de uma vez. - Ele disse rude pegando minhas muletas e colocando no banco de trás, em seguida me ajudou à entrar, tomou seu lugar e nós saímos, antes eu chequei para ver se ninguém estava olhando.

- Desculpa, não precisa ser grosso. - Ele não disse nada, continuou com os olhos na direção, vi preocupação em Gavi e preferi nem discutir, afinal eu também estava preocupada com Amanda.

[...]

- Onde está minha filha? - Gavi entrou meio alterado na creche, até esqueceu que minha perna estava quebrada e eu não conseguia acompanhá-lo.

- Calma, Gavira. Ela está bem. - Senhora Mary tentou acalmá-lo. - Está dormindo, vou pegá-la, espere. - Ela disse e saiu rapidamente, em seguida, voltou com Amanda adormecida em seus braços e a entregou para Gavi que pegou a pequena com carinho. Me aproximei deles e acariciei os cabelos de Amanda, ela era tão perfeita.

- Nós vamos levar ela em um médico próximo. - Falei. - Obrigada, por cuidarem dela.

- É o nosso trabalho. - Dybala disse sorridente

- Vamos, Vitória. - Gavi disse, olhando feio para Dybala, ele havia pegado uma implicância muito grande com o cara. Saímos e fomos para o carro, Gavi disse que a levaria em um médico amigo seu que havia uma pequena clínica por perto, apenas assenti. - Chegamos. - Ele disse descendo do carro, Gavira estava tão estranho, tão grosso, tão seco, eu já estava começando à estranhar.

Desci também com uma pequena dificuldade, enquanto Gavi pegava Amanda no banco de trás, ela acordou e olhou em volta tentando reconhecer o lugar que estava.

- Awn princesa, acordou. - Beijei suas bochechinhas, ela estava com uma carinha de sono tão fofa. Coloquei minha mão em sua testa e Amanda estava quente, deduzi que era febre. - Ela está com febre, Gavi. - Falei meio assustada. - Vamos logo.

- Droga. - Ele disse assustado. - Será que foi o DVD do Tupac? - Revirei os olhos e fiquei quieta.

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POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora