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- Idiota. - Eu ri junto.

- Agora deu né? Já posso dar para Amanda? - Ele perguntou sugestivo.

- Não.

- Puta que pariu, Vitória. O que mais tem que fazer? Depois reclama que a criança está com fome. - Ele disse bravo.

- Calma, é o último passo, pingue um pouco nas costas da sua mão para ver se não está muito quente. - Falei. - Sempre tem que fazer esse teste antes

- Porra, mas eu já não respinguei o suficiente na sua cara? Acho que você pode me dizer se está muito quente ou não. - Ele debochou, mas fez o que eu pedi. - Porra, isso aqui ta pelando.

- Viu, você deixou esquentar demais, agora vamos ter que esperar esfriar um pouco... Espero que sua filha não morra de fome.

- Ah, Vitória. Dá um desconto.

[...]

- Ah deixa eu dar a mamadeira para ela, por favor? - Aurora quase suplicava.

- Óbvio que não, quem vai fazer isso é o Gavi. - Olhei para ele que revirou os olhos quando lhe dei um sorriso.

- Qual a diferença, Vitória? - Ele perguntou.

- A diferença é que você é o pai. - Falei o puxando para sentar no sofá. Logo peguei Amanda do colo de Aurora e pus no colo de Gavi - Pegue. - Me referi à mamadeira. - Bom trabalho. - Ele me fuzilou com os olhos, mas logo começou a dar mamadeira para Amanda com o maior cuidado do mundo e eu me via com o olhar perdido nos dois, apenas admirando.

- Daqui à pouco ela engole a mamadeira. - Gavi disse.

- Como você é idiota, ela só esta com fome. - Aurora disse.

- Te perguntei alguma coisa?

- Não, mas resposta pra burro eu dou de graça

- Parem os dois, parecem duas crianças. - Os repreendi.

- Aurora, o que você acha da gente dar uma volta? - Pedri disse.

- Agora? - Ouvi Aurora perguntar.

- Sim, aí nós podemos almoçar fora. - Pedri sugeriu, eu nunca havia visto um ''Pedri legal'' Aurora merecia os parabéns.

- Tem problema se eu sair com Pedri, Vick? - Aurora perguntou.

- Claro que tem, esse garoto é estranho. - Disse simples e Aurora riu pelo nariz.

- Ok, vamos Pedri. - Aurora disse levantando-se do sofá e logo saindo porta a fora com ele.

- Gavi? - Falei enquanto eu estava sentado ao seu lado, ele tirou os olhos de Amanda e pôs sua atenção em mim, ele estava tão sereno que fez eu me arrepiar. - O que... - Eu falava com cuidado. - O que você acha da gente sair para comprar algumas coisas? - Sugeri

- Que coisas? - Ele perguntou.

- Ah sei lá, mas você sabe, Salazar mandou muita pouca coisa para Amanda, ela precisa de uns brinquedinhos novos, roupinhas...

- Tanto faz, Vitória...

- Ah vamos, por favor. - Implorei e lhe dei um beijo na bochecha.

- Ta bom... - Eu meio que pude ver um sorriso em seu rosto.

- É, só que nós não temos uma cadeirinha para levar Amanda no carro... Já vamos comprar isso também.

- Sério que essa cadeirinha é necessária?

- Óbvio né, Gavira. Ainda mais quando se tem um pai que dirige como você. - Falei. - Aquela tal senhora Clark que tem uma filhinha pequena não tem?

- Deve ter. - Ele disse indiferente

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora