- Chega, Vitória. Vamos. - Tentei parar ela. - Não precisa de tudo isso. - Falei em seu ouvido. - Ela não deu em cima de mim.- Você que é burro e não percebeu os olhares maliciosos dela. - Vitória disse e eu já estava me irritando. A puxei pelo braço nos afastando da loira gostosona.
- Desde quando eu sou seu, Vitória? Hein? Que porra. - Fui obrigado a explodir.
- Se eu sou sua você é meu também. - Ela disse cruzando os braços, enquanto Amanda estava quase dormindo em meu colo.
- Você sabe muito bem que não é bem assim, Vitoriazinha. - Falei com um sorriso no canto da boca.
- É assim, sim. - Ela disse confiante. - Eu não vou ficar sendo sua marionetezinha, já disse. - Ela ficava tão sexy brava, mas era tão irritante.
- Ok, Vitória. Chega de show, vamos pagar essas porras de uma vez, antes que dê merda aqui dentro dessa loja mesmo. - Ela ficou quieta e eu saí na frente indo em direção ao caixa. Pagamos e logo me vi livre daquela loja.
[...]
Chegamos no apartamento e eu logo fui para a cozinha, Ansu e Ferran provavelmente estavam no nosso casarão, resolvendo algumas coisas da gangue, fazia um tempo que eu não dava um pé lá, ouvi dizer que estava todo mundo encuzado comigo, mas isso era o de menos.
Ataquei qualquer coisa comestível que eu vi em minha frente, eu estava morrendo de fome, lembrei-me que eu tinha que fazer uma ligação.
- E aí, Daniel. Conseguiu o carregamento? Tudo certo?
- Tudo certo como sempre, chefia. Sem nenhum deslize. - Aquele mané disse e riu.
- Ah assim é que eu gosto, quantos quilos?
- 180 quilos de cocaína, chefia. Vai dar grana pra caralho.
- É disso que eu gosto. - Falei rindo. - De coisas bem feitas, é para isso que os Barcelonas servem.
- Pode crer, chefia. Tamo junto. Só isso?
- Só isso. Falou. - Desliguei o telefone e fui ver onde Vitória foi se meter com Amanda. Em meu quarto, lógico.
Entrei e Vitória dobrava as roupinhas de Amanda com uma cara nada boa, enquanto a pequena dormia igual um anjo.
- Tá encuzada? - Perguntei só para implicar, ela me olhou e não disse nada, voltou sua atenção para as coisas que tinha comprado para Amanda. - Quando eu perguntar alguma coisa, faz o favor de responder. - Fui rude.
- Você não merece nenhuma palavra minha. - Ela disse.
- É, mas você já me deu seis. - Me referi ao número de palavras que ela acabara de falar.
- Acho que eu já te ajudei bastante com Amanda, qualquer coisa, você pede ajuda para a sua mãe. - Ela disse com amargura na voz, mas espera aí, como ela sabe da minha mãe?
- Como você sabe da Belen? - Perguntei.
- Ela mudou-se para a frente de minha casa. - Ela deu de ombros. - Eu e meu pai fomos dar as boas vindas para a vizinha nova e ela acabou dizendo que era sua mãe, acredite, foi difícil de acreditar que uma mulher tão doce fosse mãe de um idiota. - Eu odiava quando ela vinha com essas porras de ofensas para cima de mim, quando me dei conta eu apertava seu braço com força.
- Quem é idiota aqui? - Perguntei com um tom ameaçador na voz, a olhando firme.
- Você. - Ela não hesitou antes de responder, me deixando mais puto da vida ainda. - Me solta, eu quero ir embora. - Ela pediu com calma como se já estivesse acostumada com isso. Respirei fundo e a soltei.

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POSSESSIVE - PABLO GAVI
Dla nastolatków"𝚅𝚘𝚌𝚎 𝚎 𝚖𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚎𝚗𝚍𝚘 𝚘𝚞 𝚗𝚊𝚘, 𝚙𝚘𝚛𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚜𝚒𝚖𝚙𝚕𝚎𝚜𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚊𝚗𝚜𝚎𝚒𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚎𝚓𝚊 𝚊𝚜𝚜𝚒𝚖 𝚟𝚘𝚌𝚎 𝚗𝚊𝚘 𝚝𝚎𝚖 𝚎𝚜𝚌𝚘𝚕𝚑𝚊."- Pablo Gavira 𝙴 𝚜𝚎 𝚎𝚕𝚊 𝚏𝚘𝚜𝚜𝚎 𝚍𝚎𝚕𝚎? 𝚂𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚍𝚎𝚕�...