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- SOCORRO. - Gritei ao acordar em um lugar totalmente escuro. - ME TIREM DAQUI, SOCORRO. - Fiquei sentada no lugar macio em que antes eu estava deitada. - ME AJUDEM, EU NÃO QUERO FICAR AQUI, SOCORRO.

- O que aconteceu, Vitória? - Vi alguém entrar pela porta e levei às mãos ao rosto por causa da claridade que quase me cegou. - Calma, eu estou aqui. - Percebi que era Gavi e uma sensação de alívio me percorreu, ele ligou a luz e pude perceber que eu estava em seu quarto.

- Porra, Gavira. - Reclamei levando as mãos ao peito. - Por que você deixou tudo escuro? - Gavi sentou-se ao meu lado e me envolveu.

- Só fui levar o médico até a porta. - Ele disse e eu estranhei.

- Médico?

- Sim, você ficou um bom tempo desmaiada, Aurora achou melhor chamar um médico. - Ele me deu um selinho. - Porra, Vitória. Nunca mais faz isso comigo, nunca mais vou deixar você sair de casa sozinha. - Até então, eu não lembrava direito o que havia acontecido, mas logo minha memória começou à clarear e veio em minha cabeça a imagem de três homens atirados no chão mortos, no caso, Jude, Gustavo e Wilson. Eu ainda me sentia completamente assustada. Me agarrei fortemente em Gavira e caí em lágrimas.

- Caralho, Vitória. Não chora, eu não sei lidar com essas coisas. - Ele disse de uma maneira grosseiramente fofa, fui obrigada á dar um sorriso. - Mas seu sei o que fazer. - Gavi disse e grudou seus lábios nos meus, me dando um leve beijo lento que teve o dom de me deixar melhor. Sequei as lágrimas e sorri para ele.

- Você disse sobre Rora ... Ela... Ela está aí? - Perguntei.

- Infelizme...

- VICK? - Bel entrou no quarto gritando. - AMIGA, VOCÊ ESTÁ BEM? AI MEU DEUS. - Ela praticamente se atirou em cima de mim, vi Gavi fazer uma cara nada agradável. - Quando Pedri me contou do sequestro eu não sabia o que fazer e aí... - Aurora caiu em um choro intenso.

- Calma, eu estou bem. - Lhe dei um abraço.

- É, eu salvei ela. - Gavi se pronunciou.

- Era o mínimo que você poderia ter feito, seu cabeça de gema. - Ela o xingou.

- Ah é? E se eu não fosse a salvar, você iria?

- Eu iria, porque ela é minha melhor amiga.

- Para início de conversa, você nem acharia o local onde ela estava, porque você é burra.

- Burra? Olha o respeito comigo. - Os dois entraram em uma discussão sem fim e eu fui até o banheiro ver como estava meu estado, eu não estava com a roupa de antes, agora eu vestia meu pijama favorito. E meu rosto tinha alguns curativos.

- Quem mudou minha roupa? - Saí do banheiro e perguntei, os dois pararam de discutir e puseram sua atenção em mim.

- Eu. - Gavi disse. - Ou você acha que eu iria te deixar com a camiseta daquele mané? - Gavi disse. - Alias, eu quero saber tudo o que aconteceu lá, Vitória. Você estava sem sutiã. - Estremeci e logo aquelas cenas horríveis vieram em minha cabeça, comecei á passar mal, me estômago embrulhou.

- Não quero falar sobre isso, Gavi. Não são boas memórias.

- Vitória, se eu pudesse, eu matava Bellingham novamente, porque eu acho que ainda não foi o suficiente para tudo o que ele te fez. - Ele chegou mais perto e começou a passar suavemente seus dedos pelas marcas que tinham em meus braços, em seguida levou sua mão até meu rosto e começou a acariciá-lo, tomei coragem e olhei nos olhos de Gavira, eles estavam marejados.

- Eu vou matar esse filho da puta de novo, ele merece morrer mais umas mil vezes. - Ouvi a voz de Aurora, ela estava furiosa.

- PEDRI. - Gavira gritou e logo aquele capeta apareceu.

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora