- Já falei para não me levar na brincadeira Vitória - ele gritou
- Você é problemático - gritei também
- Não Vitória... Adjetivo errado para me caracterizar. Mas se você disser possessivo, eu até aceito - ele disse se aproximando novamente de mim - E Guilherme... Bom, já era pra ele estar morto a muito tempo. Ninguém me rouba e sai fazendo festa, parte daqueles 15 milhões foram conquistados com o meu suor, você sabe como é dificil pegar carregamentos hoje em dia? Os caras estão por toda parte. Mas depois vem a negociação, e depois só a felicidade. Ah papai - ele disse rindo, odiava o jeito que ele banalizava as coisas - Mas vamos voltar ao rumo das coisas, eu sempre achei engraçado o jeito que você sabia de tudo - ele riu com aquele ar de idiota - Estava sempre escutando a conversa dos outros, ou você acha que eu sou idiota?
- Acho que você é idiota - disse simples, limpando as lágrimas e quando dei-me conta, meu rosto estava ardendo por causa de um tapa que eu levara de Gavi. Levei as mãos ao rosto, incrédula por ter apanhado daquele idiota. Fiquei o olhando e vi raiva em seus olhos.
- Eu nunca seria seu, filho da puta - gritei - Nem se eu quisesse
- Você não está cooperando porra - ele disse virando de costas para mim e se apoiando na mesa como se tivesse reprovado sua atitude.
- Você quer me fazer de cadelinha. Por que eu cooperaria?
- Para eu ter viva Vitória... Eu sou a pessoa mais impulsiva do mundo, quando as coisas não são do meu jeito eu não penso duas vezes, eu acabo logo com isso. Muitas vezes não é nem por vontade própria e sim por impulso, por isso que eu peço para você cooperar e apenas me obedecer, apenas ser minha. Porra - ele disse passando as mãos no cabelo descabelando ainda mais, tentando manter a calma.
- Então comece a pensar antes de agir, porque eu tenho certeza, se você me visse atirada no chão cheia de sangue você ficaria até o fundo do cu de arrependido. Foi isso que eu entendi
- Poderia me arrepender, mas arrependimento para mim é algo fácil de lidar, aliás, qualquer sentimento
- Menos o que você sente por mim - disse confiante
- Não se iluda Vitória. Não se iluda - ele disse simples
- Então por que você faz tanta questão de me ter? Fala, Gavira - exigi respostas
- Porque eu quero. Simples assim
- Eu nunca te entenderia - falei cansada de tudo aquilo - Eu só quero que você me deixe em paz caralho
- Eu não consigo. Nem eu sei porque Vitória. Nem eu - ele disse em sua outra face, uma face mais calma
- Você não consegue deixar de me fazer de idiota é isso? Porque eu não esqueci do que eu vi hoje naquela escola, naquela sala - por fim toquei no assunto que também estava entalado em minha garganta - você e Anita... - meu estômago embrulhou novamente ao me lembrar da tal cena - logo minha arqui inimiga porra - falei pegando uma almofada que estava no sofá e jogando nele, fez nem cócegas, na próxima vez eu jogo outro vazo de vidro.
- Que drama Vitória... Eu fodo quem eu quiser - ele disse acendendo outro cigarro - E se isso te consola, você é melhor que ela - ele disse simples, colocando toda a nicotina para dentro
- Então eu beijo quem eu quiser... E se isso te consola - dei uma pausa - Guilherme é melhor que você - Agora eu deixaria Gavi puto
- Tem certeza? - Gavira me puxou pela cintura e logo nossos corpos estavam colados, seu hálito quente chocou-se contra meu rosto, me entorpecendo. Eu odiava o efeito que ele tinha sobre mim. Odiava.
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POSSESSIVE - PABLO GAVI
Ficção Adolescente"𝚅𝚘𝚌𝚎 𝚎 𝚖𝚒𝚗𝚑𝚊 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚎𝚗𝚍𝚘 𝚘𝚞 𝚗𝚊𝚘, 𝚙𝚘𝚛𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚜𝚒𝚖𝚙𝚕𝚎𝚜𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚊𝚗𝚜𝚎𝚒𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚎𝚓𝚊 𝚊𝚜𝚜𝚒𝚖 𝚟𝚘𝚌𝚎 𝚗𝚊𝚘 𝚝𝚎𝚖 𝚎𝚜𝚌𝚘𝚕𝚑𝚊."- Pablo Gavira 𝙴 𝚜𝚎 𝚎𝚕𝚊 𝚏𝚘𝚜𝚜𝚎 𝚍𝚎𝚕𝚎? 𝚂𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚍𝚎𝚕�...