104

2K 137 73
                                    

- Então, o que essa princesinha tem? - O médico perguntou, Gavi estava meio nervoso, então eu que tive que falar.

- Ligaram da creche dizendo que ela vomitou duas vezes e antes de nós entrarmos coloquei a mão na testinha dela e vi que ela estava meio quente. - Disse. - Febre.

- Sim. Coloque ela aqui. - Ele disse para Gavi se referindo á pequena maca que havia ali. Gavi colocou Amanda ali com cuidado e sentadinha, ela estava tão muxinha e desanimada que meu coração se apertou.

Fui para perto dela e comecei à acariciar seus cabelos ondulados e loiros, ela levantou os braços pedindo para que eu a pegasse no colo e começou a chorar, mas tentei a tranquilizar pedindo para ela ficar sentadinha ali, enquanto o médico a examinava, arranquei um riso dela, o que me deixou muito feliz.

- Bom, pelo visto é uma virose.

- É, o professor dela disse isso. - Gavi falou simples.

- O que o senhor recomenda? - Perguntei.

- Vou fazer a receita de um remedinho para vocês darem à ela, é líquido, então será mais fácil. - Ele disse fazendo à tal receita. - Deem para ela de doze em doze horas durante cinco dias. - Ele disse. - Se não melhorar, tragam-na aqui novamente. Você tem belos pais, princesinha. - Ele brincou com Amanda e a deu aqueles palitinhos doces, Gavi me olhou rapidamente e eu estava sem reação.

Gavi a pegou e nós nos despedimos do médico.

- Desculpe. - Gavira disse. - Estão sempre achando que você é a mãe e talvez você não queira isso. - Ele deu de ombros.

- Não tenho problema em relação à isso. - Falei. - Mas tem algo me intrigando... - Resolvi abri o jogo.

- O que? - Ele perguntou enquanto saíamos do local indo em direção ao carro.

- Seu humor. - Fui franca. - Aconteceu algo? Você está encuzado.

- Não aconteceu nada. - Havia mentira em sua voz. Ele pôs Amanda na cadeirinha. - Vou passar na farmácia para comprar o remédio.

- Então vamos. - Falei tomando meu lugar no carro. - O que aconteceu, Gavira? - Acariciei sua nuca, ele olhou-me.

- Não aconteceu nada, porra. Sempre fui assim, fechadão, grosso. Que caralho.

- Desculpa, pensei que você havia mudado comigo.

- É, mas eu não mudei. - Ele disse firme e eu fiquei quieta, não queria discutir na frente de Amanda, ela estava enjoada, não merecia isso.
Gavi pediu para que eu esperasse no carro e saiu rapidamente para pegar o remédio, saí do banco do carona e fui para trás com Amanda, não queria suportar o mau humor de Gavira. Levei minha mão novamente ao seu rostinho e a febre já havia passado.

- Será que a pequena Amanda está bem? - Sorri para ela, ela disse uma coisa estranha a qual eu não entendi e eu ri. - Você é muito linda. - Beijei sua pequena mãozinha.

Gavira voltou e entrou no carro ignorando tudo e todos, a única coisa que ele disse foi.

- Você vai lá pra casa? - Eu apenas assenti, tinha algo errado, algo muito errado.

Fomos para o elevador e Gavi estava quieto demais, fui obrigada a perguntar novamente o que havia acontecido, ele simplesmente mandou eu calar boca, disse que eu era chata demais e que eu já ia descobrir o que aconteceu, confesso que tivemos uma pequena discussão.

Gavira abriu a porta do apartamento e a primeira coisa que observei foi Pedri e Ferran sentados no sofá com cara de cu, bom, o fato de Pedri estar com cara de cu, eu ignorei, pois era o normal dele, mas agora, Ferran... Bom, foi estranho. O clima estava bem tenso e percebi que Ansu não estava.

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora