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- Seus filhos da puta, PAREM - gritei ali mesmo da sacada e logo saí correndo, com tanto lugar para brigar, eles resolveram brigar logo na frente da minha casa, se meu pai estivesse presente eu estava totalmente ralada.

Abri a porta e logo avistei uma multidão em volta dos dois, mas não eram gangsters, eram vizinhos fofoqueiros e curiosos. Merda merda merda

- É SÉRIO PAREM - gritei novamente, enquanto Gavi e Bellingham quase se esfolavam, os dois estavam no 0x0, mas eles pararam e me olharam

- Esse veadinho que começou, eu estava aqui de boa na minha... - Gavi disse como uma criança, mas sempre com o seu típico sorriso debochado

- Esse pau no cu queria entrar na sua casa para falar com você, esse cara é perigoso para você, Vick. Vai saber o que ele queria... - Jude falou ofegante e quase que eu disse "continuem aí brigando por mim, feras, a diva aqui vai voltar para seu sono de beleza" mas não, invés nisso, apenas disse :- Está tudo bem, Jude. Para mim Gavi não é nem um pouco perigoso, mas agradeço por bater nele, quando quiser fazer isso mais vezes... Fique a vontade

- Esse garoto não consegue encostar nem um dedo em mim, você sabe bem que é mais fácil EU bater nele - Gavi disse como se estivesse ameaçando Bellingham, e ele estava.

- Tem certeza flor? - Bellingham debochou - Então vem, guerreiro. Quero ver se tu é foda mesmo.

- Você sabe muito bem que eu sou, sua bichinha - Gavi disse - Quer que eu esfole sua cara de novo? É isso? Então tá - Gavi disse e partiu para cima de Jude, mas antes eu me meti no meio dos dois em uma rapidez assustadora

- Eu vou falar só mais uma vez... - respirei fundo tentando me controlar, pois os dois souberam me irritar - PAREM - gritei novamento - Senão, eu corto o bem mais precioso de vocês... Com aquelas tesouras normais ainda, para a dor ser bem mais intensa - Gavi e Jude se olharam rapidamente

- Você me assusta , Vitória... E olha que ninguém me assusta - Jude disse

- Cala a boca, você é um cagao em todos os sentidos - Gavi implicou - Mas enfim... Para que que cortar gata? Se você pode fazer outras coisas... - Gavira disse mordendo os lábios, totalmente malicioso. Foi aí que Jude tentou ir para cima dele novamente, mas eu o impedi.

- Ok gente... Acabou o show - me dirigi aos vizinhos - Podem voltar para suas casas , ver suas novelas chatas, tricotar, não interessa... MAS VOLTEM. Dona Isabel vai lá fazer sua sopinha que a senhora não abre mão, já veio 500 vezes aqui em casa oferecer essa água com legumes... - A senhora fez uma cara ofendida e saiu - Sr. George, vá lá continuar a fazer o que o senhor estava fazendo.....

- Mas eu não estava fazendo nada - o homem retrucou

- Então volte a fazer nada, mas na sua casa. Obrigada. Vão indo todo mundo, que o show dessas "garotas" já acabou, Obrigada por comparecerem - os vizinhos estavam dando meia volta e voltando para suas casas, enquanto Gavi e Bellingham discutiam. Me virei para os dois - Pronto, agora vai cada um para um lado e parem com essa porra de infantilidade - falei

- Mas eu quero falar com você - Gavi insistiu sério. Nunca abrindo mão do seu jeito bad boy

- Mas ela não quer falar com você - Jude decidiu por mim

- Cara, você já experimentou transar? Essa sua virgindade está te deixando muito nervoso, relaxa e pegas umas minas.- Nossa, olha quem tá falando, Pablo Gavira, o garoto mais nervoso que eu conheço. Mas ele falou aquilo apenas para implicar

- Eu não sou virgem, cara. Comi sua mãe, lembra? - Porra, agora o bagulho ficou sério. Vi Gavi mudar sua expressão suave, para o VERDADEIRO Gavi

- O que você disse, seu cuzao? Repete, quero ver... - Gavi disse

- Comi sua mãe - Jude repetiu, e então Gavi partiu para cima dele e os dois se embolaram novamente, que inferno de vida mesmo. Eu já estava quase desistindo, poderia deixar os dois se matarem ali mesmo e, boa idéia, virei as costas abrindo o portão de casa para voltar aos aconchegos da minha linda cama.

Deixei ele lá, eu já estava ficando com muita raiva e daqui a pouco seria nós três na tal pauleira.

Havia uma mensagem de meu pai dizendo que ele "dormiria no escritório"... Dormir no escritório? Mas que merda de vida, falei comigo, jogando o celular em um canto qualquer do sofá.
Ouvi o barulho da porta se abrindo e logo Valentina entrou, droga, não podia piorar... Ela estava com uma calça branca super justa, que dava até para ver seus órgãos, uma blusa vermelha justa também e um salto que deixava ela com 3 metros de altura mais ou menos... Sem contar a maquiagem extremamente exagerada, do tipo "sou vadia".

- Oi pirralha, a janta está pronta? - ela perguntou e eu ri ironicamente

- Quem deveria cozinhar para mim era você, até porque você está na casa da MINHA mãe.

- Que Deus a tenha - ela debochou - Mas agora... Eu mando aqui

- Não sonha Valentina... Um dia sua máscara cai - falei

- Deus o livre minha máscara facial cair - ela disse massageando o rosto - Imagina só, eu cheias de rugas. Não consigo nem pensar - "Oi burrice" pensei comigo - Então pirralha... Já que você não fez minha janta, pode deixar que eu vou sair para comer fora - Isso foi um pretexto para ela pular a cerca e meter vários chifres em meu pobre pai - Ah, depois vou para a casa da minha querida vó - Mentira - só volto amanhã

- Você vai é pro seu ponto que eu sei - impliquei

- Olha o respeito, pirralha - ela disse

- Desculpa, é que eu não consigo ver a diferença entre você e uma prostituta - falei enquanto pegava uma maçã e a mordia. Valentina ficou vermelha, mas ela não disse nada, apenas foi até a porta e saiu. Vá pela sombra. Na verdade, eu queria que ela fosse pelo sol e tivesse um câncer de pele bem forte, mas estava noite.

E era nessas horas que eu me sentia a pessoa mais solitária do mundo, fui para o meu quarto, mas o sono eu já havia perdido. Apenas me joguei de qualquer jeito na cama e viajei para outro mundo, e sem querer, vi Gavi nesse outro mundo. Droga, não, nunca. Sacudi a cabeça tentando fugir daquilo, eu e Gavi vivíamos em mundos completamente diferentes, ele estava fora de cogitação.

Tirei os fones, porque ouvir música não estava dando certo e fiquei ali, no silêncio. Até ouvir um barulho, tipo um estrondo, me levantei da cama praticamente voando e totalmente assustada. Abri a porta do meu quarto de meu pai, pegando seu revólver de emergência. Fui passo a passo pelo corredor tentando fazer o mínimo de barulho possível, cheguei nas escadas e fui descendo de fininho, degrau por degrau com o coração quase saindo pela boca. Assim que cheguei no último degrau da escada, avistei algo, algo nojento... Eca...

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora