Razões

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-Simon...
Meus gemidos ecoavam pelo quarto enquanto eu tentava me controlar nessa situação tão difícil e quase impossível. Ele me olhava de forma satisfatória apenas pensando em como poderia me dar cada vez mais prazer a cada segundo.
Me curvei para frente agarrei os lençóis enquanto Simon apertava meu corpo, se deliciando em meu clitóris com sua língua. A sensação de estar sentada em seu rosto era maravilhosa, era perfeito poder observar cada pequena reação que ele tinha ao me ver contorcendo com seu "trabalho". Poder observá-lo dessa forma era muito excitante.
Depois de alguns segundos, eu me movi e desci meu corpo, que estava tremendo, até o seu quadril e deslizando seu membro para o meu interior, encharcado.
Simon levantou seu torso e passou um braço atrás de minhas costas, nos aproximando mais ainda, me deixando sentir sua respiração quente contra meu rosto.
Enquanto eu fazia movimentos leves e suaves, nos beijamos de forma selvagem e quase necessitada, como se eu não o visse há anos.
-Porra...-ele resmungou baixinho enquanto escondia seu rosto em meu pescoço. Quando fui falar, ele me beijou novamente, envolvendo nossas línguas rapidamente em um beijo quente e molhado.
-Como é o meu sabor...? -perguntei com um sorriso malicioso.
-É delicioso. -ele respondeu, ofegante-. Quero acordar todos os dias sentindo isso...
Simon então saiu rapidamente de sua posição e ficou atrás de mim enquanto eu ficava ajoelhada, de quatro, esperando sua ação.
-Te dou permissão. -olhei para trás, com um sorriso.
A resposta de Simon foi apenas um sorriso diabólico, como se esperasse por isso.
Por mais que fosse doloroso, fazer sexo anal com Simon era uma das minhas partes favoritas em nossos momentos íntimos. Eu sempre havia tido um pouco de receio e era hesitante com isso, mas depois que pedi uma vez para experimentar com ele, nunca mais quis parar.
Talvez eu seja uma verdadeira tarada, tenho que admitir.
A dor e o prazer se equilibravam nesses momentos, intercalando um ao outro enquanto se combinavam suavemente. O que aumentava ainda mais minha excitação eram os gemidos baixos que escapavam de Simon, uma prova real de seu prazer.
Quando ouvi ele grunhir algo ininteligível, me senti preenchida por seu esperma, me fazendo gemer de satisfação enquanto ele se deitava exausto ao meu lado.
Simon respirava de forma ofegante; eu sempre acabava destruindo (de forma positiva) o pobre tenente Ghost.
-Eu não tenho o que falar...-ele disse enquanto tentava recuperar o fôlego.
-Seu rosto já fala por você, Sisi. -apontei para ele, que deu uma risada-. Agora vai tomar um banho, você está precisando.
Toquei seus braços que estavam suando pelo que nós dois havíamos feito. Foi intenso.
-É mesmo? -Simon levantou uma sobrancelha-. Então venha, me acompanhe.
Balancei a cabeça com um sorriso bobo.
-Já conheço a suas armadilhas, senhor Riley. E eu preciso descansar... você acabou comigo.
-É ótimo ouvir isso.
Simon beijou minha testa e se dirigiu ao banheiro. Me envolvi nos lençóis e respirei fundo, pensando no que havíamos feito nos últimos três dias.
Definitivamente nossa lua de mel está sendo perfeita em todos os aspectos, mas acho que vou ter dificuldades para andar nos próximos dias...
Balancei a cabeça, rindo sozinha e voltando meus olhos para a janela enorme do hotel, vendo vagamente a praia e o mar, distante de nós no momento.
Aqui é como o paraíso... Eu poderia ficar nesse lugar para sempre com Simon, nós dois sozinhos, sem preocupações... viveríamos a eternidade dessa forma.
Depois que Simon saiu do chuveiro, ele veio direto me abraçar, roçando sua pele quente e molhada na minha. Sua toalha, branca e macia encostava na minha virilha, quase como um convite para retirá-la.
Beijei seu peito e passei meus braços em volta da sua nuca, colando nossos corpos.
Eu delicadamente tocava seus cabelos enquanto admirava seu rosto, sorrindo.
-Você é realmente lindo, Simon. -disse a ele.
Simon então beijou meu pescoço e o mordeu gentilmente.
-Temos que aproveitar a praia também...-sussurrei-. Não é?
-Hm, tudo bem. Mas vou terminar isso depois.
Dei uma risada que o fez sorrir.
***
O Havaí era muito mais belo que as fotos e imagens na Internet poderiam mostrar aos meus olhos. Era calor, as praias eram lindas e as pessoas receptivas; era maravilhoso poder deitar na areia e sentir a brisa refrescando o rosto enquanto o som das ondas chegava aos ouvidos.
Nós tínhamos ainda dois dias para aproveitar nossa lua de mel, e esses últimos três dias dias tinham sido excitantes, principalmente em ver Simon apenas de bermuda na praia, aproveitando o local. Seu corpo era belo e escultural, eu apenas tinha que cuidar para que ele não se queimasse com o sol, então eu passava muito protetor solar nele. E ele, claro, se aproveitava da situação.
Já na praia, após cuidar se sua pele, eu "permiti" que Simon desse um mergulho na água gelada.
-Estarei te observando daqui. -falei, enquanto me sentava em uma cadeira na areia-. Apenas não se exiba demais...
-Isso é ciúmes? -ele levantou uma sobrancelha, apertando minha cintura com suas mãos.
-Talvez. -murmurei, mordendo o lábio-. Agora vai, se não essa água vai ficar ainda mais gelada e você vai virar um iceberg.
Ele balançou a cabeça rindo e então beijou meus lábios suavemente, indo para a água.
Simon sempre foi um ótimo nadador... e eu, sempre péssima nisso. Adoro apenas observar a vastidão do oceano e imaginar até aonde ele termina.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Soap, apenas para provocá-lo.

Está se divertindo aí, sargento?

Poucos minutos depois ele me respondeu, me enviando também uma foto com uma pilha de papéis em sua mesa. Sua ironia me fez rir.

Estou, uau... E por aí? Como vão as coisas?

Olhei para a água e tirei uma foto de Simon enquanto ele respirava, ofegante de um mergulho e então enviei a ele.

Tudo ótimo. E olha só o nosso tenente se divertindo na água, ele nada muito bem, sabia?

Ah! Que inveja dele, queria estar em uma piscina agora, pelo menos.

Na nossa casa tem piscina. Eu e Simon limpamos ela, então quando voltarmos, te prometo uma festa, Johnny.

Prometeu, agora vão cumprir!

Dei uma risada enquanto guardava meu celular na bolsa ao meu lado. Quando olhei novamente para Simon, ele já estava na areia com uma moça à sua frente. Ele parecia balançar a cabeça enquanto a moça falava e então pegou em sua mão.
A temperatura do meu corpo subiu e senti meu sangue borbulhar de raiva, apenas não me levantei pois Simon afastou rapidamente a mão dela e balançou a cabeça mais uma vez, mostrando sua mão e apontando para a aliança dourada em seu dedo.
Meu sorriso de satisfação apenas crescia enquanto a moça se afastava e Simon ia até mim.
-Eu disse para você não se exibir muito...-murmurei, ficando de pé e arranhando suas costas enquanto mordia o lábio.
-Tenho olhos apenas para você, meu amor. -ele piscou e me beijou.
-Adorei o jeito como você dispensou ela. -abri um sorriso malicioso-. Viu como você é encantador...?
-Eu sei que eu sou demais. -ele colocou suas mãos no meu quadril-. E veja como você tem sorte, sou inteiramente seu.
Balancei a cabeça com a sua arrogância irônica.
Meu bobo.
À noite, estávamos nos preparando para ir em um luau que fazia parte do nosso pacote de viagem.
-Vai ser bem legal. -disse Simon, abrindo a porta.
Com força, fechei a porta e o beijei de forma selvagem, querendo cada pequeno segundo disso.
-Achei que não quisesse chegar atrasada...-ele me olhou, sorrindo.
-Ainda temos algum tempo antes de começar? -perguntei, eufórica.
-Quinze minutos. -Simon olhou para o relógio e então para mim, curioso.
Eu concordei com a cabeça, pegando sua mão direita e levando para dentro da minha camiseta, e a esquerda, para dentro do meu shorts.
Simon deu um riso maléfico e introduziu seus dedos em mim, me fazendo gemer alto.
-Serão apenas quinze minutos...? -ele se curvou e sussurrou, me colocando contra a parede. Simon então afastou minhas pernas com o joelho e mordeu meu pescoço.
-Talvez vinte, vinte e cinco... Podemos chegar um pouco atrasados, acho que ninguém vai notar. -murmurei.
-Era a resposta que eu queria ouvir.
Simon me levantou e eu cruzei minhas pernas em seu quadril, sentindo seu membro já enrijecido contra meu corpo.
Respirei fundo enquanto ele retirava apenas o "essencial" para que não houvesse uma demora ainda mais preocupante.
De qualquer forma, esse seria o atraso mais "delicioso" e desejado da minha vida.

Don't Let Me Down.Onde histórias criam vida. Descubra agora