PLAYING WITH YOU

4. DEFENCELESS

"Mexendo no meu celular de novo, me sentindo ansioso

Com medo de ficar sozinho de novo, eu odeio isso

Estou tentando encontrar um jeito de relaxar, não consigo respirar, oh

...

Alguém me ajude

Estou rastejando dentro da minha pele

Às vezes, sinto vontade de desistir

Mas eu não posso

Não está no meu sangue

Preciso de alguém agora."

In my blood – Shawn Mendes

Eu acordei no dia seguinte de muito bom humor. Conversar com Niall tinha sido surpreendente bom e divertido. E eu tinha grandes esperanças de que realmente, por imaturidade, inexperiência, e um pouco de mal caratismo (sim, Zayn!!! Mal caratismo), ele percebeu que eu era me atraía por garotos e seu viu me querendo, por carência, tesão, sexo rápido, fácil e melhor, sigiloso. Eu não sairia por aí falando pra algum jornal que pagasse bem, que eu estava transando com algum jogador famoso. Porque eu seria um jogador famoso no futebol e também queria sigilo.

Eu sabia que eu era o melhor sexo, porque eles não precisavam me prometer o mundo, eu não exigia que eles me fizesse os favores de volta, e eu não sairia falando. Porque eu era praticamente uma boneca inflável para eles.

Como agora eu podia até ser amigo de Niall, ia dizer para ele que não precisava chantagear ninguém para ter sexo. Ele já era o combo perfeito pra qualquer um querer. E assim como ele reconheceu que eu era gay, seria capaz de achar outros. Eles sempre achavam. E era só ele demonstrar, fosse com o olhar ou seu sorriso charmoso, que a pessoa entenderia o que ele queria.

Niall não precisava ser um babaca para ter um pau chupado.

Eu falaria isso com ele depois. Quando o visse pessoalmente. Tinha certeza que do jeito que ele era, nossa amizade já era um fato inegável.

Afinal quem atrapalhou que isso acontecesse antes, fui eu. E eu consertaria as coisas.

Desde a partida de Louis que eu não tinha um amigo no time. E eu não tinha percebido, mas estava sentindo falta.

Salvei o número de Niall como H Horan. Até pensei em colocar Chantagista, pois ele foi, e talvez, apenas talvez ele ainda seja, mas isso levantaria suspeitas e perguntas, e colocar só Niall também podia deixar as pessoas desconfiadas. Como uma amizade nasceria da noite para o dia? Ainda mais com alguém como eu?

E mesmo que nossa amizade tenha nascido da noite para o dia, e com alguém como eu. As pessoas não poderiam acreditar.

Talvez até acreditariam se eles conhecessem Niall e sua facilidade de se aproximar das pessoas, até mesmo pessoas como eu. Mas eu não queria ter que me explicar. Se explicar era chato e cansativo.

Passei protetor solar, paguei a pequena mochila onde deixava toalha, uma muda de roupa limpa, óculos de sol, protetor, fones de ouvido, o livro que não tinha lido muito na noite anterior, carregador portátil e fui para o restaurante tomar café.

Meus primos ainda não estavam lá, afinal ainda era 8 horas da manhã, e a julgar pelas conversa deles às 5 horas no grupo, voltando do luau, eles não levantariam tão cedo. Então tomei o café da manhã com calma, por quase duas horas, pois estava aproveitando o silêncio para ler.

Eu normalmente era do tipo que esperava a pessoa mandar mensagem primeiro, mas estava testando meus limites com Niall, por isso enviei a foto do livro aberto e da xícara de café que uma garçonete tinha acabado de repor