52. ANGEL

41 3 89
                                    

Baby, você deveria saber que você é tudo o que eu desejo

Podemos ir devagar? Estou falando a mim mesma para ser paciente

A vida é miserável toda vez que o tempo é desperdiçado

Você é como uma droga, posso ser seu Pablo Escobar?

...

Visões psicodélicas, querido, elevando minha temperatura

Preocupado com o físico, preocupado com o seu espiritual

Eu sou seu anjo, menino, estamos nos tornando bíblicos.

Angel - Kali Uchis

A manhã de Natal foi tão incrível quanto a ceia, Niall já havia comunicado à sua mãe na noite anterior que o café da manhã seria feito por ele, assim que após nossa dança na sala, nós fomos direto para a cama, cheios de sono e boa comida, e mesmo que eu o quisesse muito, desde que coloquei meus olhos nele ao pisar em Dublin, nós dormimos mais uma noite sem transar.

Eu adormeci enquanto o beijava, o sono nos atingiu antes mesmo de nossas mãos entrarem dentro das calças de moletom um do outro.

Eu comecei a acordar quando o celular de Niall tocou, ele tirou a mão da minha cintura, o braço debaixo do meu pescoço e afastou seu peitoral quente das minhas costas.

Sua risada contida quando retruquei, só me fizeram gruir mais alto, em compensação seu beijo em minha bochecha quase me fez derreter na cama.

Eu voltei a dormir, e só acordei quando meu celular começou a despertar também, às 8h, o mesmo horário do dia anterior, pois não queria ser o último a ir tomar café da manhã. Eu queria participar do café com Niall e Maura, e se eu tivesse ido dormir mais cedo, até me obrigaria a ir ajudar a fazer o café da manhã.

Eu levantei, fui ao banheiro, para então ir procurar por Niall, torcendo para Maura ainda não ter acordado.

Não tive sorte, pois à medida que me aproximei da cozinha, pude ouvir suas vozes, mesmo baixa, acabei ouvindo da sala de jantar.

_ Falou com seu pai? Greg já foi para Mullingar com a família?

_ Sim, liguei para desejar um Feliz Natal, já que esse ano não fui passar o dia 25 com ele. Greg vai sair de Dublin agora, eles estavam tomando café até uns minutos atrás quando falei com ele.

_ Seu pai é tão teimoso! _ Maura retrucou, pela primeira vez ouvi algo próximo a irritação em sua voz. _ nós poderíamos estar todos a caminho da casa dele agora, para almoçarmos juntos.

Talvez pelas minhas pantufas que não anunciaram minha chegada, quando entrei na cozinha, os dois deram um sobressalto, assustados.

Maura, que colocava um pouco de café em uma xícara, e Niall que mexia uma frigideira no fogo, ainda me olhavam, atentos, quando me aproximei, um pouco envergonhado por ter ouvido algo que claramente não queriam que eu ouvisse.

_ Bom dia. _ eu falei forçando um sorriso, tentando passar a ideia que não sabia que estavam falando sobre o pai de Niall.

_ Bom dia, Zayn. _ Maura, que rapidamente se recuperou, sorriu toda amável para mim. Ela caminhou em minha direção, pois ainda estava parado na porta, e me abraçou, eu sem hesitar, retribui ao abraço.

Quando me afastei, o olhar de Niall tinha voltado ao normal, ele olhava com todo o carinho do mundo para mim.

_ Bom dia, meu bem. Vem aqui. _ Niall choramingou, sua mãe riu, revirando os olhos, e roxo de vergonha fui até ele, parando ao seu lado. Niall não satisfeito, parou de segurar o cabo da frigideira e apontou a bochecha. Eu neguei veementemente com a cabeça, o que só piorou a situação. _ por favor, Z. Só um beijinho.

PLAYING WITH YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora