𝐕𝐈𝐆É𝐒𝐈𝐌𝐎 𝐒É𝐓𝐈𝐌𝐎

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27. 🤍Helena Vieira - 🗓Quinta - ⏱️07:21 - 📍RJ.

Já estamos saindo da casa do Gabriel, logo iremos em direção a minha casa, exceto o jogador, que de lá vai direto para o ninho.

Sempre quis conhecer o ninho, lá parece ser um lugar tão bonito e calmo.

Pelo o que me falam, mas deve ser óbvio que sempre alguns furtos acontecem por lá.

Mas nada que nos deixe surpreso, aqui no Rio sempre tem uns desses e talvez até pior!

Por aqui é normal ter isso aí, mas o suficiente em que eu nunca fui roubada, e o mais incrível, é que eu nunca ando com seguranças ou algo do tipo.

Mas pra que algum segurança quando se tem o Gabriel, que é pior do que um Quero-Quero!

Já passei tanto perrengue com esses bichos, sinceramente.

Mas saio do meu transe quando Gabriel e Benjamin começam a cantar alto até demais, uma música na qual eu conheço.

E muito bem.

Em dezembro de 81, botou os ingleses na roda, três a zero no Liverpool, ficou marcado na história! - os dois cantam quase gritando.

Gabi me olha e faz uma cara de "canta junto, vai!".

E eu como uma boa flamenguista desde cria, canto né? HINO.

E no Rio não tem outro igual, o Flamengo é campeão mundial, e agora seu povo, pede o mundo denovo! - canto e dessa vez só eu e Benjamin.

Gabriel começa a animar todo mundo anunciando que o refrão tá chegando.

Da-lhe, da-lhe, da-lhe mengo! Pra cima deles, flamengo! Da-lhe, da-lhe, dá-lhe mengo! Pra cima deles, flamengo. - cantamos todos juntos gritando assustando todos os outros carros que passam ao lado de nós.

Passamos alguns minutos cantando e cantando novamente a música, não só essa música como o hino oficial e a música do Poze que é proibido não cantar.

A música do Poze é incrível, já conheci ele e o homem é muito foda, gosto muito dele.

Nesse meio tempo já chegamos na minha casa, pego as coisas que eu trouxe enquanto os outros dois saem do carro abraçados.

– Tchau filho, o papai não vai embora pra sempre, tá? - Gabi avisa e Bê que já tá começando a se acostumar com isso tudo assente.

– Tá bom papai, tchau e volta logo! - fala abraçando Gabriel e deixa um beijo nele.

– Eu volto, ta? Pede pra sua mamãe me ligar antes de dormir. - fala me olhando.

– Vou pedir, papai! - fala e os dois se soltam, Gabi se aproxima e me abraça.

– Se cuida, amo você. - fala e eu nem sei responder, só deixo um beijo em sua bochecha.

– Faz o mesmo, eu.. -  falo e chego a gaguejar na ultima palavra. - eu também.

Ele não fica feliz, ninguém fica feliz com alguém confuso com seus sentimentos.

Gabriel deixa um selinho em meus lábios e me solta, indo até o carro.

Ele dá partida e sai acenando como sempre.

Bê dessa vez, não fica tão triste, mas sempre tem aquela pontinha que incomoda mais do que o esperado.

Eu sinto isso nele, da pra ver em seu rostinho.

Odeio saber que eu não fui suficiente pra fazer com que Benjamin cresça com um pai presente, as vezes eu sinto que eu sou muito orgulhosa e tudo que faço com o Veiga esteja afetando o meu próprio filho, e não melhorando de uma certa forma.

𝐖𝐄, 𝐧𝐨𝐭 𝐘𝐎𝐔. - 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora