𝐒𝐄𝐗𝐀𝐆𝐄𝐒𝐈𝐌𝐎 𝐓𝐄𝐑𝐂𝐄𝐈𝐑𝐎

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63. 🤍Gabriel Barbosa - 🗓Domingo - ⏱️17:57 - 📍RJ.

Hoje tem jogo contra o Santos.

Mas confesso que não estou nervoso pra jogar contra o meu time de coração.

Agora, eu estou jogando no Flamengo e não no Santos.

Olho em volta da Vila Belmiro, sinto falta de entrar aqui todos os dias.

Mas também sinto falta dos torcedores me xingando horrores, me chamando de traidor.

Meus melhores elogios sempre foram esses, amo ser xingado.

Hoje estamos sem torcida, também. Mas a minha família vai assistir lá no camarote.

A minha família, eu me refiro aos meus pais, minha irmã, e principalmente a Helena e os meus filhos.

Benjamin vai entrar comigo novamente, o moleque tá doido pra entrar na Vila, diz ele que quis conhecer o estádio que o papai dele jogou quando menor.

Eu não aguento esse carinha.

Ele também falou que no final do jogo queria andar aquele campo inteirinho e vestir a camisa que eu geralmente usava.

Pois é, esse garoto é uma pérola em pessoa.

Saímos da Vila e entramos no vestiário.

– Oh Gabriel, tá todo mundo te cobrando um gol, tá? Só avisando. - Ribeiro diz.

– Quanda dá, dá, e quando não dá, não dá. - eu falo tirando a camisa.

– E se não der tu vai ser massacrado na Internet, principalmente no Twitter. - Cebola diz e eu dou de ombros colocando o short do flamengo.

– Vocês sabem que eu não ligo pra essas coisas. - falo terminando de colocar o bermuda.

– Mas é foda, sempre que jogamos contra o Santos tu marca pelo menos um. - Filipe fala.

Isso é verdade.

Vou tentar marcar um, mas ainda não estou cem por cento.

Termino de me arrumar, colocando meião, chuteira, camisa, térmica e essas coisa aí.

Eu me arrumo primeiro, antes de todos, então eu vou logo achar o Bê.

E quando acho, espero o garoto me achar também, ele ta exatamente igualzinho a mim, com tudo que uso durante o jogo.

Até a mesma chuteira.

A camisa com o meu nome e número nas costas.

Benjamin me vê e corre até a onde estou, abraçando minhas pernas.

Pego ele no colo e beijo sua bochecha.

– Papai, olha: estamos com a mesma chuteira! - ele diz apontando para o seu pé.

– Verdade, tu tá bonitão, ein! Caraca. - eu falo dando tapinhas leves no ombro do Bê, fingindo limpar sua camiseta.

– Tô mesmo! Já falei pra mamãe que eu quero cortar o cabelo e pintar pra ficar igualzinho a você! - Bê diz tocando no meu cabelo.

– Cortar tu até pode, mas tu é muito novo pra pintar cabelo. - eu falo e Bê da de ombros.

– Tá bom então, mas eu quero ficar loiro e ter barba igual você papai. - meu filho diz.

– Um dia você vai ficar loiro e vai ter barba igual ao papai. - eu falo, Benjamin deita no meu ombro e abraça meu pescoço.

Beijo a bochecha gordinha dele e faço carinho em suas costas.

𝐖𝐄, 𝐧𝐨𝐭 𝐘𝐎𝐔. - 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora