𝐒𝐄𝐏𝐓𝐔𝐀𝐆𝐄𝐒𝐈𝐌𝐎 𝐐𝐔𝐈𝐍𝐓𝐎

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75. 🤍Helena Vieira - 🗓Sábado - ⏱️17:48 - 📍RJ.

Cadê o Raphael?

Ele ainda não chegou, que cara de pau!

O Bê tá a todo minuto perguntando se o mesmo já chegou, mas todas as vezes eu neguei.

Já tá quase na hora do parabéns, que vai acontecer as 18h, a festa dos pequenos irá até as 22h.

Aproveitamos que, já que não é todo dia que nos reunimos, vai ter uma festa só para os adultos, que vai acontecer das 23 até quando quiserem.

Olho para a entrada e vejo o Raphael chegando com Bruna de mãos dadas e com um presente em mãos.

Vou até eles.

– Finalmente vocês chegaram. - eu falo olhando para os dois ao mesmo tempo.

– Tava um trânsito fudido da Copacabana até aqui. - Raphael diz. – Cadê o Bê?

– Ele tá ali, com o Gabriel. - eu falo apontando para um dos brinquedos infláveis.

Conseguimos avistar o Bê brincando horrores no brinquedo e o Gabriel junto, atrás dele.

Ambos estão se divertindo, acho que o Gabriel tá mais animado do que a própria criança.

Raphael já fecha a cara assim que os vê, e vai colocar o presente na grande mesa, a onde estava os outros presentes.

Em seguida, ele vai até o fim do brinquedo, a onde provavelmente os dois iriam sair daqui a pouco.

E eu, como uma responsável, vou junto com ele pra tentar evitar que dê merda.

– Raphael, o que você vai fazer?

– Tirar satisfação com o seu namorado. - ele diz com os braços cruzados.

– Ou, por que?

– Se ele pensa que vai roubar o meu filho de mim, ele tá bem enganado. Foi eu quem fiz o Benjamin, não ele.

Eu respiro fundo e toco seu ombro.

– O Gabriel não vai roubar o seu filho de você, e nunca vai. Mas os dois tem uma relação na qual você e o Benjamin nunca tiveram. Você tem que respeitar isso! - eu falo e o homem se acalma um pouco, mas seu sangue ainda ferve.

– Eu sei, Helena. Mas eu estou disposto a ter uma relação com o meu filho igual e muito melhor do que ele tem com o Gabriel.

– Vai ser difícil, o Benjamin já considera o Gabi como seu pai. Para uma criança, qualquer coisa vale, desde a um ato de carinho, até um super presente. O Benjamin nunca recebeu um verdadeiro "eu te amo" de um pai, e quando recebeu esta fala do Gabriel, já o considera como pai. Já que para ele, isso é muito novo.

– Tudo bem, mas eu pelo menos, quero que o Benjamin saiba que eu sou seu pai de verdade, e não o Gabriel.

– Eu falo isso para o Benjamin, quase todos os dias. O mesmo tem a noção de que você é o pai de verdade dele.

– Valeu.

Logo, os dois saem do brinquedo.

Gabriel olha para o Raphael e em seguida para mim, com uma cara confusa.

Já o Benjamin, tá meio estranho, sem desviar o olhar do Raphael. Parece algo como.. Medo.

Vou até o meu filho e me agacho diante dele.

– Filho, vai lá dar um abraço no seu pai. - eu peço beijando a sua bochecha.

O mesmo desvia o olhar do Raphael e vai até ele, fazendo o que eu pedi.

𝐖𝐄, 𝐧𝐨𝐭 𝐘𝐎𝐔. - 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora