𝐓𝐑𝐈𝐆É𝐒𝐈𝐌𝐎

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30. 🤍Helena Vieira - 🗓Sexta - ⏱️09:34 - 📍RJ.

– Podem entrar. - a mulher de cabelos curtos, com um óculos minúsculo e uma roupa formal diz.

Eu e Gabriel estamos aqui na escola do Benjamin pra falar sobre o bilhete que a professora deixou na agenda dele.

Ele tá super nervoso, sua perna tremendo me causa ansiedade, assim que a coordenadora diz, Gabriel se levanta no mesmo tempo.

Me levanto a poucos segundos depois e estendo minha mão, ele me encara a segura, apertando em seguida.

Entramos na sala e nos sentamos nas cadeiras em frente a mesa da diretora.

– Bom dia, Helena. A que devo sua presença aqui? - a diretora diz, não gosto dela.

– Bom dia, dona Regina. Sobre o bilhete que a professora do Benjamin deixou na agenda dele. - falo pegando a agenda e entregando para ela.

Regina ajeita o oculos o pondo mais para cima e começa a ler, franze o cenho, me olha e leva o olhar para Gabriel.

– O Benjamin não mentiu, Regina. - Gabriel fala sério mordendo sua bochecha interna.

– Na ficha diz que o pai de Benjamin é o Raphael Veiga. - diz e eu suspiro.

– Exatamente, nesse pouco tempo, Gabriel e Benjamin se conheceram, e a senhora sabe muito bem que o meu filho nunca via o pai biológico. - falo enquanto ela retira o óculos. – E por isso mesmo, ele ficou mais vulnerável e qualquer um pode fazer o papel de pai para ele, assim que tiveram a primeira conversa, Benjamin se apegou ao Gabriel e o vê como pai.

– Eu entendo, Helena. Peço desculpas pelo mal entendido, porém, quando você matriculou o Benjamin aqui, você leu algumas recomendações para seu filho, e uma delas é falar tudo que acontece de novo que possa interferir na escola.

– Foi tudo muito rápido, nem teve tempo... - falo e Gabriel me interrompe.

– Por isso que são recomendações, não é? Vocês recomendam e a gente decide se faz ou não, e decidimos não informar. - Gabriel diz sorrindo daquele jeito né, debochando.

Dou uma cutuvelada em seu braço e ele passa a mão por lá, insinuando que doeu.

– Recomendamos o melhor para as crianças, se vocês querem ou não segui-las, vai ser pior para vocês. - Regina diz calma.

– E por ser meu filho, que o problema vai ser meu e não de vocês. - Gabriel diz e eu me levanto.

– Resolvido, né? Muito obrigada, Regina. - falo chamando Gabriel que se levanta e saímos da sala da diretora.

Se eu ficasse mais alguns minutos lá era chance de MMA, Gabriel contra Regina.

– Que ódio dessa mulher, não fui com a cara dela não! - Gabriel diz cruzando os braços enquanto saímos da escola.

– Também não gosto dela, mas é uma escola perto da minha casa, fazer o que. - falo indo até o estacionamento.

– Muito chata, mano. O filho é de quem pra tu opinar, porra? Vai se fuder. - fala claramente irritado, entrando no banco do passageiro e eu no motorista.

– Não vai adiantar você xingar agora, só avisando. - falo ligando o carro e ele revira os olhos.

– Aposto que tem escolas mais próximas e com diretoras mais queridas do que ela. - fala emburrado colocando o cinto.

– Vou dar uma olhada, satisfeito? - falo acariciando seu queixo.

– Uhum. - fala acariciando minha mão.

𝐖𝐄, 𝐧𝐨𝐭 𝐘𝐎𝐔. - 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora