𝐖𝐄, 𝐧𝐨𝐭 𝐘𝐎𝐔. - 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀

𝐒𝐄𝐗𝐀𝐆𝐄𝐒𝐈𝐌𝐎 𝐒𝐄𝐆𝐔𝐍𝐃𝐎

62. 🤍Helena Vieira - 🗓Sexta - ⏱️23:57 - 📍RJ.

Estou aproveitando HORRORES.

Pois é, se o Gabriel ver isso aqui eu morro.

Eu e as meninas estamos num barzinho, é uma noite das garotas.

Não vou passar a noite em casa, vamos embora e ir direto pra casa da Marília.

Todas nós vamos dormir lá.

E todos os homens e crianças vão ficar em uma casa só, a do Gabriel.

Mas a parte que eu disse que Gabriel me mataria se visse o que estou fazendo é bem verdade.

Todas as meninas estão bêbadas, menos eu, pelo menos nisso eu evitei.

Mas não evitei dançar, isso é impossível!

Imagina..

Você tá numa festa, com suas melhores amigas, com músicas que você ama!

Tu não vai deixar de aproveitar só por que tem dois serzinhos dentro de você, né?

Pelo menos eu penso assim.

E aposto que se os meus filhos são parecidos comigo, - em questão de personalidade - eles vão amar isso que a mãe deles tá fazendo.

Mas como estou grávida, me canso bem mais rápido quanto antes.

Eu saio da pista e vou até a mesa que pegamos quando chegamos.

Procuro meu copo, porém está vazio.

Pego a taça e caminho até o bar, peço um drink, espero que fique pronto.

– Helena? Prazer, Vitor. - um homem diz se colocando ao meu lado.

– Como sabe o meu nome? - pergunto meio receosa.

– Ah, perdão. Eu te mandei a mensagem te convidando para acompanhar sua gravidez comigo. - diz sorrindo.

Esse homem me lembra alguém.

Mas não sei quem.

– Hum, não tenho interesse. - respondo.

– Tudo bem, não quero que pense coisas erradas sobre mim, meu nome é Vitor Alves, obstetra e pediatra profissional. Não é golpe, como havia pensado.

Eu pensei que seria algum malandro tentando me roubar, mas como ele sabe disso?

– Ok, Vitor. Como sabe que achei que era golpe?

– É o que todos pensam ao receber uma notificação de um desconhecido, ainda mais de alguém dizendo que queria acompanhar sua gravidez. ‐ ele responde sério. – Você pode confiar em mim.

Não sei se posso confiar nele.

Óbvio que não cogitei trocar o Diego por esse homem, não sou louca a esse ponto.

Logo, meu drink fica pronto, o barman espera pelo pagamento, tiro meu cartão do bolso.

– Eu pago. - Vitor diz deixando a nota de "100" em cima do balcão.

O barman se assusta com a nota mas logo procura o troco.

Tô achando esse cara muito estranho.

– Obrigada..? - falo pegando o copo, bebendo um gole.

– Qualquer coisa pode me chamar, estarei sempre por perto. Se não quer o meu trabalho, ao menos a minha amizade. - ele diz olhando no fundo dos meus olhos.

Com uma cara de psicopata.

Jesus amado, me ajuda.

– Claro, se eu precisar, chamo. - eu falo dando alguns passos pra trás e saindo dali.