Capítulo 6

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Cristal

Apenas acordo cansada e sem muito ânimo, não tenho nada para fazer, além disso, estou com febre e dor de cabeça, raramente fico doente, mas como estou por minha própria conta decidi não comer nada, pois estava ocupada explorando a floresta para matar alguns monstros humanoides.

Eu devia ter lembrado de comer, sou realmente uma irresponsável, talvez eu realmente seja adotada, pois sou o completo oposto da minha mãe, não tenho nada dela.

Me levanto da cama e faço minha higiene diaria como escovar os dentes, tomar banho e pentear os cabelos. Coloquei um short confortável e uma blusa solta, pois não pretendo ficar de vestido o tempo inteiro.

Começo a sentir uma dor leve no pulso como se estivesse sendo apertado, mas não está. Estou com um pressentimento ruim.

Saio do quarto e caminho até a sala de jantar comer o café da manhã, mas paro de andar no corredor ao sentir a presença dele, do ceifador, do Raven.

Tem algo de errado, consigo sentir a presença dele se movimentando pelo castelo, parece estar esperando alguma coisa, alguém vai morrer, ele está esperando acontecer.

Meu mau pressentimento cresceu ainda mais, preciso preparar o castelo para caso aconteça algo realmente sério.
(...)

Apenas entro na sala do trono apressada onde encontro Naomi e algum dos guardas que protegem a sala.

-preciso que reforcem a guarda que protege o castelo e o reino, agora!- falo de forma séria o que faz todos tomarem um susto.

Arthur -calma alteza, explique o porquê- diz descendo dos degraus que levam a parte de cima onde fica o trono da minha mãe e as cadeiras para os concelheiros, ele é um dos guardas da rainha, junto com seu pai Milo que é guarda e concelheiro.

-por favor, eu não sei muito bem explicar, mas confia em mim- falo olhando nos olhos dele que apenas respira fundo.

Arthur -vou mandar que todos fiquem de guarda, espere aqui princesa-diz fazendo uma referência antes de sair da sala me deixando sozinha com Naomi que apenas ouviu, mas não disse nada.

-não vai me perguntar nada?- pergunto olhando para ela que apenas me olha de forma compreensiva.

Naomi -não, consigo ver pela sua cara que não é uma brincadeira, mas poderia explicar melhor para mim, é um mau pressentimento?- pergunta pegando em minha mão e me levando até um sofá no canto do grande salão.

-eu também estou sentindo um mau presságio, mas é por causa da presença do ceifador, ele está aqui e dessa vez não é para me observar, está esperando algo- vejo que ela apenas fica um pouco tensa quando me escuta falar.

Naomi -entendi, deveria pegar uma das armas da sua mãe, não fique andando sem nada, entendeu? A chave do quarto dela está atrás do quadro em frente a porta, se algo acontecer contigo o mundo da sua mãe acaba- só concordo com a cabeça, mas logo depois fico pensando no quão óbvio é o lugar onde ela esconde a chave.

-certo, vou lá pegar uma arma- falo saindo da sala do trono.

Caminho pelos corredores com passos rápidos até chegar em frente ao quarto da minha mãe, pego a chave atrás do quadro que facilita um pouco eu ter que usar um grampo de cabelo para abrir.

Entro e fico olhando as armas na parede enquanto penso em qual eu pego, escolho uma das katanas da minha mãe, pois são leves e de fácil precisão.

Paraliso ao ouvir gritos fora do castelo, vou até a janela olhar e fico a observar três homens altos e com armaduras escuras, os guardas que tentam os parar entrando em suas frentes são mortos na hora, parece que atirar neles e os ferir não surge efeito, pois mesmo levando tiros continuam andando como se nada tivesse acontecido.

Droga.... Isso parece mais sério do que eu estava esperando, o que diabos são eles?

Pego o colar da minha mãe, pois talvez saiba sobre isso ou talvez saiba o que eu deveria fazer nessa situação além de fugir, pois não quero isso. Não vou abandonar os guardas, nem ninguém.

Entre Mundos (Deuses Elementais)Onde histórias criam vida. Descubra agora