Entre Mundos (Deuses Elementais)

Capítulo 19

Cristal

Paro de dançar  e vou para minha mesa, pois preciso beber mais.

Vejo minha mãe ao longe se aproximando junto com 5 pessoas, não demora muito para chegar em mim.

Eliza —estrelinha, quero te apresentar minha família—  diz ficando ao meu lado.

Vejo um demônio de cabelos castanhos, seus olhos são da mesma cor, tem chifres de carneiro, ele está a minha frente, ele tem asas pretas e algumas marcas no corpo, seu olhar é mortal, parece estar me analisando —meu nome é Dagon, sou o primeiro demônio do inferno, sou o pai da sua mãe.

Vejo uma mulher de cabelos pretos e olhos azuis o empurrar para o lado para ficar a minha frente, ela tem asas bicolores preta e branca —meu nome é Mia, sou sua avó, é um prazer conhecer você minha linda netinha— diz me abraçando tão forte que até sinto falta de ar.

Vejo uma mulher de cabelos cor de mel ondulados atrás deles, seus olhos são da cor de uma esmeralda,  a pele dela é pálida e seus traços são finos, é linda, será que é alguma parente minha? Seu olhar não parece mostrar nada, parece estar com a cabeça em outro lugar.

Mia —deixa eu te apresentar seus tios, essa é Scarlett, minha filha, ela está meio desanimada ultimamente então é difícil tirar alguma palavra dela— então esse é o nome dela.

Vejo um homem de cabelos castanhos jovem se aproximar de mim, ele se abaixa e beija minha mão de forma educada, não tem chifres, seus olhos são azuis e suas asas são castanho escuro—meu nome é Henri, sobrinha.

Vejo o homem de cabelo preto atrás dele apenas respirar fundo ao ver sua ação, o olha com destem, me pergunto se não se tão bem, seus olhos são castanhos, é sério e sem emoção, tem chifres que tão volta como o primeiro a falar comigo, suas asas são pretas e com penas volumosas—meu nome é Belial, sou irmão gêmeo desse idiota que falou com você— fico espantada quando ele diz isso do próprio irmão, vejo que Henri fecha o punho, acho que quer bater nele.

Dagon —se ousarem começar com isso de novo vão ter que ter essa marra comigo— a voz séria dele os faz apenas virar os rostos para lugares postos.

Eliza —parece que a família ficou bem mais complicada....— olho para minha mãe sem entender a frase dela.

—é um prazer conhecer todos vocês, meu nome é Cristal, espero que me aceitam na família— digo me abaixando um pouco fazendo uma referência o que faz os dois demônios mais jovens abrirem um sorriso como se tivessem achando graça.

Belial —ela não parece ser da família, parece até um anjinho de tão fofa— apenas levanto uma sobrancelha e olho para ele seria ao ouvir isso.

Henri —tenho que concordar,  parece tão frágil que se tocar quebra, quantos anos tem 15?—  agora eu que estou querendo bater nele.

Eliza —se continuarem zuando eu vou arrancar a língua de vocês— minha mãe parece brava.

Henri —quero ver tentar,  é uma rainha mimada não?— diz com um tom provocativo e debochado o que faz minha mãe  cerrar os dentes.

Scarlett —calma maninha, eles gostam de irritar quando não podem tentar se matar brigando— diz indo para o lado de minha mãe.

Dagon —chega de tirar a paciência da irmã de vocês, ela é mais velha, a respeitem, cuidem dela e da Cristal, pois são parte da família. Vocês dois, fiquem com ela enquanto a gente conversa em outra mesa, tem quase a mesma idade devem se dar bem, e nada de brigas— fico sem acreditar quando ele diz isso, viro para reclamar com minha mãe, mas ela apenas faz um sinal com o olhar que para mim significa não reclama.

Eliza —por que não mostra ao seus tios o castelo? Está liberada para beber já que a festa vai acabar logo— mal ela sabe que já estou bebendo desde o início.

—tá mãe— digo e ela logo se afasta com meus avós e minha tia.

Henri —tem algo de interessante para fazer aqui além de beber? Tem monstros, torneios de luta,  etc?— apenas respiro fundo e olho para os dois, acho que devem ser 4 ou 5 anos mais velhos que eu.

—beber, tudo que podemos fazer nesse lugar é beber infelizmente, deve ser mais chato que o céu inclusive— digo e eles parecem ficar decepcionados na hora.

Belial —então para se divertir deve beber e namorar— bem que eu queria  a segunda opção, mas não tem homem aqui para isso, pelo menos nenhum que me tenha atraído.

—apenas beber por enquanto— digo e eles abrem um sorriso maligno ao ouvir isso.

Belial —nosso pai mandou cuidar de você, vamos fazer de tudo para te preservar também, nenhum homem vai se aproximar de você, eles nunca prestam e sempre tem mais intenções, vamos protege-la até se casar, pois nossa família não aguentaria outra decepção como nossas irmas causaram com suas escolhas ruins— eles só podem estar brincando, já basta minha mãe, não quero mais ninguém tomando conta de mim.

—eu tô bem, não preciso ser cuidada— não quero nenhuma pedra no meu caminho.

Henri —que isso, seria uma honra cuidar da nossa fofa e inocente sobrinha— sei que pelo sorriso está fazendo isso apenas para me irritar.

Belial —alem disso, é de família sempre cuidar das mulheres da família como se fossem freiras— aí eles já estão de zueira, pois não é possível.

Preciso de algo mais forte, pois não vou aguentar esses dois apenas com vinho.