Capítulo 11

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Cristal

Apenas fico andando em círculos no meu quarto pensando no que o prisioneiro me disse. Quer dizer então que eu só tenho cinco anos de vida, deus... Como diabos irei contar isso a minha mãe? Ela vai ficar tão arrasada por todo tempo, esforço e carinho que me deu durante toda minha vida, ela poderia ter gasto esse tempo para ela, para tentar encontrar sua felicidade, para encontrar um homem que a fizesse feliz, pois não é normal ela mostrar repulsa por todos.

Eu sei que é errado, mas não quero contar, talvez consiga arrumar um jeito de burlar isso, pois caso eu não consiga, arrumarei um jeito de parecer que sumi, para ela nunca ficar sabendo da minha morte, pois eu sou tudo que ela tem, literalmente.

Preciso achar o Raven, tenho que conseguir mais informações urgentemente.

Apenas pego meu manto e saio pela janela para minha mãe não saber, pois tudo que eu quero evitar é que acabe descobrindo sobre toda essa situação.
(...)

Vou direto para um hospital, pois lá é onde as pessoas mais morrem, provavelmente Raven vai estar lá ceifando almas.

Quando chego lá uso meu poder para ficar invisível para qualquer pessoa que possa olhar para mim, fecho os olhos e tento notar a aura das pessoas nesse lugar para ver se encontro ele.

Não consigo sentir a aura do Raven, mas estou sentindo a de outra pessoa. Apenas sigo em direção a energia, pois sinto que não é alguém normal.

Vejo uma mulher de cabelos pretos extremamente longos que vão até o joelho, suas roupas são totalmente pretas com correntes em volta, os olhos dela são de um vermelho sangue, seu olhar é ameaçador e está segurando uma foice com furos prateada e reluzente.

Acho que também é uma ceifeira, mas eu achei que o Raven que comanda-se tudo.

—olá.... Poderia me falar onde Raven está?— pergunto um pouco insegura, talvez eu devesse apenas esquecer disso.

Vejo que ela me olha de canto de forma mal humorada, apenas se virou e me ignorou, só aperto minha mão, pois notei o olhar de destem. Apenas vou para sua frente a impedindo de continuar seu caminho, pois ela vai me responder.

**** —sai da minha frente antes que eu retire sua alma, garota— diz de forma arrogante, mas continuo no mesmo lugar.

Vejo que ela levanta a foice de forma ameaçadora, mas alguém simplesmente aparece no nosso lado segurando a arma.

Raven —Lyla, não precisa disso, abaixe a foice e continue o seu trabalho— diz a olhando de forma séria.

Lyla —não seria nenhum problema mata-la, deveria estar morta mesmo— quando ela diz isso só fico instantaneamente brava.

Raven —na verdade acho que você que acabaria morta, continue seu trabalho e pare de substimar pessoas que não conhece, Lyla— diz com um tom meio assustador, ela apenas abaixa a cabeça e passa por mim sem dizer nada.

—obrigada?—  digo meio na dúvida se me defendeu.

Raven —tem como você sumir de uma vez por todas, eu posso não me dar ao trabalho de matar você agora, mas se continuar atrapalhando meu trabalho ou dos meus servos vou ter que tirar você do meu caminho— diz de uma forma tão ríspida e assustadora que me afasto.

—eu só queria fazer algumas perguntas, por favor, Raven— digo olhando em seus olhos de forma insegura o que o faz olhar para cima e respirar profundo.

Raven —tem apenas cinco minutos até Lyla terminar o trabalho dela— quando termina de falar apenas caminha para fora do hospital, caminho rapidamente para alcança-lo.

—o cavaleiro que me atacou, foi você que o mandou?  Vou mesmo morrer inevitalmente daqui a cinco anos? Por que é tão necessária a minha morte, minha alma está marcada para alguma coisa?— faço várias perguntas rapidamente, pois tenho muitas dúvidas e apenas cinco minutos.

Raven —você não respira não garota? Olha aqui, eu não mandei ninguém atrás de você, eles sentem quando tem alguém que quebra a ordem natural das coisas, aí eles começam a caçar a pessoa até matar, pois foram criados apenas para isso. Daqui a cinco anos vão mandar um ser de maior nível e poder para extermina-la de uma vez, pois não podem deixar problemas acumularem, pois sempre aparece mais— diz parando de andar quando chegamos a um banco no jardim do hospital.

—não respondeu a última pergunta— digo e ele revira os olhos.

Raven —querem matar você com urgência, pois já tem um destino pronto para sua alma e ele é importante, deve reencarnar em outra pessoa, essa garota terá peso nas decisões futuras e com você viva quebra todo um ciclo— só abaixo a cabeça ao ouvir isso, então não tem jeito mesmo.

—quem vai me matar, posso saber?— pergunto e ele me encara por um tempo o que me faz perceber que talvez eu esteja olhando para essa pessoa.

Raven —talvez o deus da calamidade, mas é mais provável que seja eu mesmo, sou o "Deus da morte" no final das contas— acho que é triste ouvir isso, mas saber que talvez seja ele a me matar é bom, eu gosto um pouco dele de certa forma, parece uma pessoa ruim de vista, mas não é mal de verdade, pelo menos sempre me dá respostas quando faço cara de triste.

—se me matasse, seria indolor?— eu não tenho medo de me machucar, mas sentir dor nos meus últimos momentos me parece horrível.

Raven —dependeria de duas coisas, se aceitaria a morte ou lutaria para tentar impedir, se aceitar morrerá dormindo, parece um bom fim não é?— ao mesmo tempo que seria bom, também seria sem honra alguma.

—mas minha alma iria para quem exatam...— sou interrompida por passos vindo em nossa direção, apenas me viro e vejo Lyla.

Raven —seus 5 minutos acabaram, some daqui— diz passando por mim, meus educado que ele impossível.

Pisco por um segundo, mas quando abro os olhos eles simplesmente somem como se não estivessem ali de verdade.

Tenho cinco anos para tentar reverter isso, mas caso não consiga, tenho cinco anos para aproveitar o que não cheguei a viver.

(Vou ficar um tempo sem postar, estou sem internet, só avisando mesmo)

Entre Mundos (Deuses Elementais)Onde histórias criam vida. Descubra agora