Capítulo 85

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Cristal

Estou sentada no sofá em frente a minha mãe que está me encarando em silêncio por causa da situação anterior, Alex foi para cozinha para deixar a gente conversar, deu uma desculpa que ia pegar algo para comermos e até agora não voltou.

Eliza —sobre o que você pode ter ouvido quando estava atrás da porta.... — pela voz e olhar está insegura.

—mãe, eu nunca vou me meter na sua vida, quero que seja feliz, que viva já que impedi você de fazer isso— é a realidade, minha mãe deve ter abrindo mão de muitas coisas por minha causa.

Eliza —você não me impediu de nada, não diga isso!— ela ficou seria.

—eu só vim avisar que talvez eu demore a voltar para cá durante as viagens, pretendo de ligar para avisar que estou bem— quando digo isso o olhar da minha mãe fica por um tempo paralisado, está pensando em algo.

Eliza —tem algum motivo para querer se afastar da mim?— sinto meu coração acelerar ao escutar isso.

—claro que não, mãe! Eu só quero viver e ter experiências novas, eu não quero ficar me preocupando em ficar voltando toda hora para cá sabe, quero me sentir independente— quando ela respira fundo me acalmo.

Eliza —se é só por esse motivo tudo bem, mas você sabe que sempre será minha princesinha né? Minha herdeira— diz apertando minha bochecha suavemente.

—sei disso mãe, fica tranquila— quando olho para o relógio noto que vai dar dez da manhã ainda —mãe, eu vou ali passar na sua médica rapidinho está bem?

Vejo o olhar da minha mãe ficar sério já hora que eu digo isso.

Eliza —o que você tem, está machucada? Doente?— o olhar de preocupação logo apareceu.

—não estou doente mãe, eu só acho que está na hora de eu começar a usar... contraceptivos...—  digo isso abaixando minha cabeça por causa da vergonha.

Eliza —que bom que é apenas isso, já deveria ter começado a tomar logo depois do seu aniversário de 18 anos, fico feliz por estar sendo responsável— acho que ela quis dizer que está feliz por eu não dar um neto para ela cuidar.

—mãe, eu prometo me cuidar enquanto estiver viajando, serei responsável, então, por favor não se preocupe comigo e continue com seu relacionamento complicado com Alex— quando falo isso noto o rosto da minha mãe corar.

Eliza —Cris.... Eu nem sei o que dizer sobre o que ouviu— ela está com vergonha e eu consigo entender.

—quero que você tente ser feliz, se ele conseguir fazer isso, já terá minha aceitação— quando falo isso minha mãe apenas abaixa a cabeça envergonhada.

Eliza —eu quero tentar dar uma chance a ele,  espero que dessa vez eu consiga corresponder seus sentimentos— então ela realmente deseja isso, conseguir ama-lo.

—eu também espero mãe, quero que seja feliz— quando ela se levanta e vem me abraçar, apenas retribuo.
(...)

Mordo meu lábio quando a médica do castelo aplica a agulha em meu braço, ela mentiu, falou que eu não sentiria nada.

—doeu...— falo e a loira abre um sorriso.

Enfermeira —olha, não tem como ser completamente indolor, mas tenho certeza que dói menos que parir— ela tem um bom argumento, tenho que admitir.

—quando tempo para eu ficar segura? Quero dizer....— eu não vou falar essa frase, tenho certeza que ela entendeu.

Enfermeira —um mês princesa, aí você vai ter a certeza que não vai engravidar, fique tranquila, nada que uma camisinha não possa resolver também, podemos colocar um diu para ter cem porcento de certeza de que não vai ter chance alguma de engravidar— ela está dizendo para eu usar as três formas de contracepção.

—eu acho que só dois está bom para mim— falo e ela me encara por um tempo.

Enfermeira —só seja responsável princesa, sua mãe deseja o melhor futuro do mundo para você, não que acabe como ela, presa em um reino— apenas me levanto da cadeira, pois eu preciso dormir, estou me sentindo um pouco tonta.

Noto um cheirinho de tangerina familiar, me parece com o cheiro do Dragomir.

******** —Cristal, cadê você minha abelhinha— quando escuto isso a vergonha alheia aparece na hora.

Não demora para ele entrar na parte médica e me achar, está me olhando com um sorriso enquanto nota o curativo no meu braço.

Enfermeira —vou deixar vocês dois a sós, fiquem a vontade— diz saindo no mesmo momento sem nem olhar para trás.

Dragomir —pelo curativo em seu braço imagino que tenha sido aplicado alguma coisa, está doente ou é aquilo que eu pedi para você tomar?— ele é muito convencido, eu fiz isso por mim, nada mais.

—seu convencido— falo virando o rosto, mas volto a minha atenção a ele quando caminha até mim e se abaixa um pouco aproximando sua boca do meu ouvido.

Dragomir —estou ansioso abelhinha, para ouvir você gemer meu nome enquanto estremece de êxtase— diz voltando a se afastar —de encontro lá em baixo, vou comer alguma coisa.

Quando ele sai do cômodo me deixando sozinha fico pensando em suas palavras.

Entre Mundos (Deuses Elementais)Onde histórias criam vida. Descubra agora