Capítulo 73

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Cristal

Saio do quarto para procurar algo para comer, pois estou morrendo de fome, não posso começar meu dia sem meu café da manhã, sem o bacon e os ovos.

Esse castelo é enorme e não sei bem por onde estou andando, estou ficando confusa.

Vejo uma mulher de cabelo loiro platinado passar, aproveito que está ali para pedir ajuda.

—moça! Você pode me ajudar a encontrar a sala de jantar?— pergunto fazendo assim a atenção dela vir para mim. Agora noto que ela tem uma aparência diferente das outras pessoas daqui, quero dizer, seus olhos são dourados, seus lábios rosados, sua aparência é mais angelical que qualquer outra coisa.

Noto que a mulher me olha dos pés a cabeça por um tempo, parece estar me analisando e isso é um pouco estranho.

***** —você é da família do Henri?— ela parece estar estranhando algo.

—sim, ele é meu tio por parte materna, nunca estive nesse castelo antes, então não sei onde é a sala de jantar— digo e ela respira fundo, parece querer me ajudar, mas ao mesmo tempo que não.

***** —eu não deveria estar aqui, se Dagon e Mia me verem estarei ferrada, mas posso tentar levar você até a porta, certo?— só concordo com a cabeça, mas ao mesmo tempo fico cheia de dúvidas, quem é ela e por quê meus avós não podem vê-la

—me desculpe perguntar, mas você não é um demônio pelo que parece, sua beleza é mais puxado para o lado angelical— digo e ela abre um sorriso ao ouvir isso.

***** —tem razão, não sou um demônio, eu acabei caindo aqui e perdendo minhas asas a alguns anos. Era uma arcanjo, mas acabei sendo atacada por alguns demônios e elas foram arrancadas de mim— só olho para ela tentando esconder a pena que comecei a sentir.

—eu sinto muito pelo que aconteceu com você, de verdade, eu esqueci de me apresentar, meu nome é Cristal— digo me virando para cumprimentar ela.

***** —meu nome é Emilly, prazer em conhecer você, me desculpe a pergunta, mas você é mesmo uma demônia? Quero dizer, sua aparência também não condiz muito com isso— Todos sempre acabam reparando nisso no final.

—meu pai e minha mãe tem sangue de demônio, então acho que sou sim uma infelizmente— digo me sentindo meio mal por julgar tanto eles sendo que querendo ou não sou uma.

Emilly —você é muito fofa sabia? Parece um anjinho, um ser angelical, diz voltando a caminhar pelo corredor, a sigo na mesma velocidade, pois não posso arriscar perder ela.

—posso perguntar o porquê de minha vó não gostar de você? Ela é boa, deve ter motivos para....— só para de falar, pois estarei meio que sendo indelicada.

Emilly —para não gostar de mim? Eu não sei se o motivo que eles tem é realmente racional, pois eu não pedi para cair aqui, muito menos para conhecer eles, se eu tivesse minhas asas, se eu não tivesse ficado tanto tempo aqui voltaria para casa— então ela está presa no inferno, sem ninguém, sem ajuda, sem família.

—você está sozinha então?— pergunto olhando para ela de um jeito preocupado agora.

Emilly —eu tenho o Henri, ele me ajudou quando eu mais precisei, me protegeu quando outros demônios quiseram me matar por apenas ser um arcanjo, se não fosse por ele eu estaria morta agora— será que era ela que meu tio estava esperando ao ponto de me "expulsar" de perto dele?

—você e o Henri são próximos então?— pergunto até ver o rosto dela começar a corar sozinho, que coisa estranha.

Emilly —eu não posso ser próxima dele, ele é um ser do submundo e eu um ser divino— não é o que está parecendo.

—se você está dizendo, mas por quê meus avós não gostam de você, é um "anjo" eles não tem muitos motivos para não gostar não é?— ela abaixa a cabeça e respira fundo por um tempo.

Emilly —eles tem seus motivos, disso eu sei, mesmo que seja injusto comigo, eu não sou prioridade na vida deles, então é compreensível, Dagon não gosta de mim por ser um arcanjo, Mia só quer evitar problemas futuros— complicado de se entender, é confuso demais.

Vejo que ela para de andar ao chegar em frente a uma grande porta, acho que é aqui.

Emilly —espero que tenha um bom café da manhã, se acabar vendo Henri, diga a ele que sai mais cedo, não aguentaria ficar aqui sendo ignorada até podermos sair— diz se virando e caminhando para longe de mim, enquanto vejo ela se distanciar noto alguém a seguir e a puxar para uma sala o que me faz ficar perplexa, pois foi Belial.

Quero ir até o cômodo perguntar se está tudo bem, mas e se não for da minha conta, mas e se ela estiver precisando de ajuda?

Noto a porta atrás de mim abrir, apenas me viro notando minha vó alí.

Mia —vem princesa, não quer que o café da manhã esfrie não é?— diz segurando minha mão e me levando para dentro.

Eu lancei a história do Belial e do Henri, se chama (A Maldição Dos Gêmeos)

Só entrar no meu perfil, pois já tem capítulo 1

Entre Mundos (Deuses Elementais)Onde histórias criam vida. Descubra agora