Capítulo 61

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Dante

Tento voltar a dormir mesmo ouvindo o despertador, mas acabo me irritando e jogando ele na parede, pois mal dormi, a insônia não deixa. Talvez seja melhor apenas levanta dessa cama e começar meu dia.
(...)

Vou direto para o chuveiro e tomo um banho gelado para acalmar. Não pretendo demorar aqui, tenho muita coisa a assinar.

Pego um pente e jogo meu cabelo para trás, pois o corte me permite isso, mesmo sendo longo é em camadas.

Pego a toalha e cubro apenas minha cintura, saio de  box do banheiro e escovo os dentes, pois o dia vai ser cansativo.
(...)

Vou até a sala de jantar para pegar o café da manhã, mas paro um pouco ao ver Eliza conversando com Alex e Cristal.

—já é de manhã e vocês de fofoca?— pergunto indo até minha cadeira.

Vejo Henri entrar na sala, olhar para cara de todos e depois sentar em sua cadeira.

Henri —por que parece que todos aqui tiveram uma péssima noite de sono? Está todo mundo cheio de olheira— só olho para seu rosto sem qualquer expressão, pois ele parece ter dormido bem.

—no meu caso é insônia, e pelo que parece você dormiu muito bem irmão— digo pois esta até com uma expressão alegre no rosto o que é estranho, ele é sério e chato na maioria das vezes.

Henri — estou alegre sim, o dia está lindo, deveria se animar— me perguntou quem é o milagre que conseguiu tirar o desânimo dele.

Eliza —a alegria tem nome Henri?— pergunta com sorriso educado.

Henri —ter tem, mas prefiro não dizer agora, como foi o dia de vocês?— pergunta olhando para as duas.

Eliza —normal eu acho— diz pegando sua xícara de chá verde.

Cristal —fui acordada, mas tirando isso dormi bem— quem acordou ela, a Eliza?

Noto que Alex começou a tossir, acho que engasgou.

Não posso nem perguntar o motivo de minha filha ter sido acordada antes de Cristian e Nathan entrarem na sala.

Nathan —bom dia, pai— diz indo até sua cadeira meio cansado, as olheiras dele estão bem escuras, não dormiu tenho certeza.

Vejo Cristian apenas passar por Alex e bagunçar o cabelo dele antes de sentar o que fez a expressão do ruivo fechar.

Cristal —esta com cara de quem não dormiu irmão— diz olhando para ele que só a encara em silêncio.

Nathan —não vi o tempo passar quando sai, vou apenas fazer minhas obrigações e ir dormir— diz com os olhos semi abertos, apenas respiro fundo, pois por algum motivo ele não consegue ser responsável quando precisa, não tenho nada contra ele beber, mas ele mesmo se causa problemas, não consegue ver que lutar dessa forma pode mata-lo, pois está sem concentração.

—vai dormir, faço seus trabalhos hoje na fronteira do reino— digo e Nathan olha para mim sem dizer nada.

Nathan —eu consigo fazer os trabalhos, não vou morrer por estar com sono— como eu odeio os jovens.

Eliza —posso fazer os trabalhos por ele se quiser, faz tempo que não luto e queria levar Eliza comigo— só olho para ela.

Nathan —tem certeza, rainha Eliza?— vejo que ela apenas abre um sorriso ao ouvir isso.

Eliza —claro, no meu lado raramente tem monstros, sinto falta de lutar, além disso, queria ver como a Cristal se sai lutando contra os monstros do  purgatório— quando ela se dispoi  a ajudar ele aceita, mas quando sou eu não.

Nathan —tudo bem então— me pergunto o que eu faço de errado para ele nunca aceitar minha ajuda.

Eliza — eu já tinha esquecido,   pretendo voltar para casa daqui a alguns dias, Cristal irá comigo, mas a barreira irá continuar aberta, são bem vindos para visitá-la se assim quiserem— seria errado se ela quisesse fechar novamente enquanto minha filha está lá.

—deve ser estranho estar de volta a sua antiga casa, pestinha— digo e ela levanta a sobrancelha ao escutar o apelido.

Eliza —com certeza é estranho tenho que admitir.

Cristal

O clima que esta no café da manhã é tão estranho, acho que vou tomar um banho de ar.

Me levanto da mesa e me ponho a ir ao jardim, pois lá deve estar mais fresco, imagino que não tenha nada melhor que a brisa da manhã para me fazer melhorar.

******** —parece que alguém está entediada— me viro para trás para ver quem falou isso, mas logo desvio o olhar ao ver seus cabelos ruivos ondulados.

—posso de fazer uma pergunta, Drago?— tenho curiosidade em uma coisa.

Dragomir —se eu puder responder pode sim— diz indo até um banquinho atrás de mim, faz um sinal para eu me sentar ao seu lado, mas no momento estou preferindo ficar em pé mesmo.

—nunca chegou a cansar de viver? Sabe, tudo consegue ficar entediante em algum momento. Sei que você já viajou para todos os lugares desse mundo  para tentar ter algum entretenimento, mas uma hora isso deve cansar né?— é minha pura curiosidade.

Dragomir —pode acreditar em minhas palavras, para quem viaja em busca de novos lugares e perigos, a vida nunca perde a graça, nunca— talvez ele tenha razão, eu nunca cheguei a viajar para mundo longe, então não sei como é fazer isso.

—espero conseguir conhecer todos os mundos antes de morrer,  assim poderei aceitar que não perdi nada do que sonho conhecer— digo respirando fundo e abaixando o olhar.

Dragomir —você tem o poder de viajar entrar mundos, Cris, vai poder conhecer todos os lugares que quiser, acredite em mim, além disso, estou aqui sabe, adoro um entretenimento na minha vida, e você é um— isso por acaso foi uma cantada? Fiquei confusa agora.

—eu sinceramente não consigo entender você Dragomir, é completamente estranho e sem noção,  queria saber como meu pai confia tanto em você— digo me levantando para entrar, pois não quero ser vista perto dele, vai que as pessoas comecem a achar que estamos juntos.

Dragomir —até outro momento, estrelinha— eu notei o tom sarcástico na parte do apelido, as vezes ele é mais irritante do que normalmente é.

Entre Mundos (Deuses Elementais)Onde histórias criam vida. Descubra agora