Cristal
Coloco o colar em meu pescoço e logo depois corro para fora do quarto para mandar evacuar o local. Ordeno aos guardas que tirem as pessoas e empregados, logo depois procuro Naomi e Maori, pois não quero que nada as aconteça.
Seguro o colar e aproximo de minha boca, pois talvez esse tal Amon possa me ajudar a saber quem são essas pessoas.
—olá, pode me ouvir? Se sim, por favor me responda, preciso de ajuda— falo rapidamente por causa do nervosismo que a situação me proporciona.
"Amon —você me interrompeu, estava treinando"— pelo tom de voz parece um pouco irritado.
—me desculpa, mas o castelo da minha mãe foi invadido, ela não está em casa, os três homens que invadiram não parecem ser normais— falo encontrando Naomi paralisada olhando para uma janela, vou até ela e acabo olhando a janela sem querer, me deparo com um dos homens que invadiram no outro lado abrindo o estômago de um dos guardas com sua espada, quando as tripas caem no chão congelo um pouco, mas logo volto a mim quando seu rosto vira e me encara.
Ele tem enormes cabelos pretos ondulados, a pele da cor de chocolate ao leite, seus olhos são completamente pretos, tem mais de dois metros de altura, é bem forte e assustador
Pego a mão de Maori e puxo ela dali, mas enquanto corremos apenas escuto o som da janela quebrando.
—olha aqui, vamos nos separar, eu vou distrair ele e você vai fugir por um dos corredores, tenta achar sua irmã, quero vocês fora daqui e seguras entendeu!?— digo, pois elas são como se fossem minhas tias, sempre estiveram lá cuidando de mim o tempo inteiro.
Maori —mas e você?— sua voz mostra preocupação além do medo excessivo.
—eu sei lutar, vou ficar bem, prometo— falo e ela apenas concorda com a cabeça.
Solto a mão dela e deixo ela continuar correndo enquanto espero o homem aparecer para pegar outro caminho.
"Amon —o que diabos seu reino vez chamar a atenção dos cavaleiros da ordem?"— eu já ouvi esse nome em algum lugar, acho que nos livros de lendas.
—como assim cavalheiros da ordem, poderia explicar antes de fazer perguntas, estou em uma situação bem complicada se consegue ver pelo colar— digo sentindo minha pressão subir ao ver o homem aparecer no corredor, ele para e me observa por segundos antes de correr em minha direita com suas espada na mão, desvio me tacando no chão, me levanto rapidamente e corro por um dos corredores que leva ao jardim.
Lutar em um lugar fechado não é uma boa opção, pois não sou acostuma a lutar com paredes ou móveis atrapalhando meu movimento.
"Amon —Caramba, você está bem garota? Pensei que você não tinha mais salvação"— nossa, ouvir isso é extremamente animador.
—certo, eles são cavaleiros da ordem, sabe como mata-los ou o que fez eles virem para cá?— saio do castelo por uma porta de emergência que leva ao jardim.
"Amon —tudo que posso fazer é supor, eles também já vieram atrás de mim quando vim para o mundo da minha mulher, acho que quebrei a ordem natural das coisas aqui e eles começaram a me caçar uma vez por ano. São imortais e só podem ser mortos por armas capazes de matar deuses, eu tenho uma adaga capaz disso e sua mãe tem outra"— a não... Eles estão aqui por minha causa e eu não tenho como mata-los, minha mãe sempre leva sua adaga consigo.
—parece que vou ser morta, sou tão nova para morrer— falo de forma irônica, pois desde que eu entendi que eu devia ter morrido ao nascer cada dia era um presente, não vou ficar triste ou amargurada com isso.
"Amon —você fala igual a ele, é irritante, sabia?"— ele quem?
—tem alguma forma de eu sair viva disso? Pois minhas possibilidades são mínimas com três seres imortais me caçando— digo enquanto fico pensando para onde ir, mas fico em alerta ao sentir algo vindo em minha direção, não penso muito e só corro, escuto um estrondo do lugar onde eu estava, tem uma lança de ferro presa no chão, tem alguém no céu, deve estar voando.
"Amon —precisa arrumar uma forma de lutar contra eles separadamente, um por um, se conseguir roubar suas armas facilita, pois as armas dele também servem para qualquer tipo de ser, inclusive eles"— quando escuto isso tento ir até a lança, mas o homem que me atacou pousa no chão bem em frente a ela, ele está me olhando. Seus olhos são totalmente brancos, sua pele pálida como porcelana e seus cabelos loiros bem lisos, parece ser forte, mas tem menos músculos do que o outro, parece ser mal ágil, e tem um par de asas amareladas, parece um anjo.
Só fico sem saber o que fazer, pois se eu ficar aqui os outros dois podem aparecer e aí seria um grande problemão.
—Amon, você acha que eu tenho alguma chance contra eles?— pergunto indo para trás enquanto o ser tira a lança do chão e vem em minha direção.
"Amon —contra um sim, mas tenho dúvidas sobre isso, pois mesmo eu sendo forte sai com um monte de cicatrizes, sei que fugir é humilhante, mas você ainda não está pronta para esse tipo de luta, mesmo que consiga os matar, eles voltarão a ser criados, mais fortes"— não é algo animador de se ouvir serei sempre caçada.
Quando ele começa a andar de forma mais rápida e furtiva meu coração pula do peito, pego minha katana e bloqueio o ataque, uso minha força para parar sua lança, mas ele é muito mais forte, está me empurrando para trás.
Quando estou prestes a cair o vejo ser empurrado para o lado, olho para o lado oposto e vejo minha mãe caminhando em minha direção, parece séria e preocupada ao mesmo tempo.
Eliza —filha, eu consigo dar conta dele, mas você precisa sair daqui, agora— eu não quero abandonar minha mãe, mas se eu ficar os outros podem aparecer.
—consegue mesmo?— pergunto sentindo desespero, eu não quero que nada aconteça com ela.
Eliza —claro que consigo, sou uma rainha e treinei muito para isso, além disso, tenho a jóia da criação, qualquer arma que eu segurar vira especial— vejo que ela joga a adaga dela em minha direção e pega sua katana vermelha.
Pego a adaga que ela jogou para mim e corro em direção ao bosque, pois se eu ficar irei piorar a situação para ela, eu preciso ficar em alerta, pois não sei onde está o terceiro deles. Não vou mais substima-los, vou os matar, sou capaz disso.
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Entre Mundos (Deuses Elementais)
RomanceCristal é a princesa do purgatório, adquiriu um enorme poder que foi usado nela quando nasceu para impedir que acabasse falecendo por causa da má formação dos órgãos. O Deus da morte não ficou nada feliz por não poder fazer seu trabalho e riscar o n...