Tulipa Potter e a Ordem da Fênix

Capítulo 24 - Feitiço de Proteu

Tulipa Potter-Snape narrando

No momento eu e Theodore estávamos extremamente ocupados nos beijando na torre de astronomia, um dos nossos lugares favoritos para encontros e que eu acabei descobrindo que eram extremamente populares entre casais. O que não devia ser realmente surpreendente, afinal Hogwarts carece gritantemente de lugares românticos, algo que eu só percebi agora que tenho um namorado. Em partes isso só me faz admirar ainda mais Blaise e todos os seus muitos namoros, não deve ser fácil encontrar lugares românticos para sair com tantas pessoas diferentes.

Não que eu queira pensar em Blaise agora, estou muito ocupada com as costas encostadas na parede gelada de pedra, o corpo do meu namorado pressionado no meu tão próximo que eu sinto cada ponto de contato pegando fogo, os meus dedos bagunçam o seu cabelo perfeitamente arrumado e as nossas bocas estão coladas enquanto as nossas línguas se envolvem em uma dança sensual.

Separo o beijo de leve mordendo o seu lábio inferior e descendo os beijos pelo seu maxilar até chegar no seu pescoço, primeiro dou um beijo de leve no lugar para ver se estava tudo bem e eu o ouço soltar um suspiro leve e tomo isso como um incentivo para deixar um chupão no seu colarinho que tinha os primeiros 2 botões abertos, passo a língua de leve pela pele machucada e quando arranho os dentes no seu pescoço ele pula para trás.

- Desculpe...eu... – ele fala ficando vermelho.

- Não... a culpa é minha – falo sentindo o meu rosto esquentar – eu exagerei.... me deixei levar.... me desculpe.

Ambos estávamos ofegantes e terrivelmente corados, as gravas estavam trouxas, as blusas amassadas e levemente desalinhadas, os cabelos de Theodore estão uma completa bagunça e os meus não estão muito atrás, percebo que os lábios do Theo estão um pouco inchados e vermelhos e dou um sorriso tímido para ele, eu com toda certeza me empolguei bastante....Em um momento estávamos discutindo passagens secretas de Hogwarts e no outro... bem, estávamos nos beijando.

- Sou eu que sou bobo.... todos os outros garotos.... nenhum deles tem problema com isso – Theodore fala desviando o olhar – eles ficariam até felizes....

- Hei... – falo tocando o seu rosto e o forçando a me encarar – eu não ligo para os outros garotos, eu sou apaixonada por você e vamos fazer isso no seu ritmo... Eu não me importo em esperar e fazermos o que você se sente confortável, eu nunca quero sentir que estou te forçando a nada.

Porque a verdade é que por mais que eu adorasse os momentos que passávamos nos beijando, eu gostava muito mais do Theodore como pessoa, do tempo que passamos juntos, das nossas conversas, dos pequenos sorrisos secretos que ele me dá. Eu não trocaria isso por nada nesse mundo, não ligo que Theodore queira levar as coisas em um ritmo mais lento do que eu, eu só quero que ele se sinta confortável. Além disso mesmo que eu adore beijá-lo e sinto um calor gostoso várias vezes, eu própria não acho que estaria pronta para tirar a roupa dele ou fazer sexo...Eu sei que Theodore nunca me forçaria a ir mais longe do que eu estou pronta e quero fazer o mesmo por ele.

- Eu só tenho medo de estragar tudo – ele sussurra para mim.

- Isso é impossível – falo fazendo um leve carinho no seu rosto.

Nós ficamos assim por bastante tempo, grudados, abraços, respirando o ar um do outro e sussurrando os nossos medos, as nossas incertezas. Eu não sou uma santa, sei que sou terrivelmente vingativa de uma forma prejudicial e que quando decepcionada com as pessoas as afasto, assim como conheço os defeitos do Theo e as suas inseguranças. Acho que é justamente por nos conhecermos tão profundamente que nos sentimos confortáveis um com o outro.

Nós só nos separamos no horário que Theodore já havia combinado de estudar com Neville para um trabalho de estudo dos Trouxas, eu iria aproveitar esse momento para ir até a Câmera Secreta. Apesar de eu ter descoberto que ela possui várias entradas como uma no meio da Floresta Proibida, uma no fundo do Lago, uma direto na nossa sala comunal e outra no Salão Principal, a mais discreta continuava sendo a do banheiro feminino. Principalmente porque como eu sou uma garota, ninguém vai estranhar me ver entrando em um banheiro feminino, mesmo que seja o assombrado pela murta que geme.