Fred Weasley narrando
É claro que a minha vida foi cheia de altos e baixos, dificilmente eu teria chegado a maior idade bruxa sem isso, mas ao menos eu sempre tive o meu gêmeo para embarcar em tudo isso comigo e sempre foi a pessoa que melhor me entendeu. Desde quando fomos idiotas o suficiente para colocar uma aranha enorme na cama do Ron quando criança e o traumatizássemos até hoje, até percebermos que eramos bullies em vez de apenas pessoas engraçadas que achávamos, nos tornamos amigos de Tulipa Potter e depois sócios dela por mais incrível que pareça.
Mas o mundo se tornou mais cinza e sem gosto após o natal, uma época que sempre foi marcada por risos e alegria de repente se tornou incrivelmente sombria para mim e marcada para sempre com a época em que eu perdi o meu pai. De certa forma ele sempre foi uma figura constante e presente na minha vida, que contrastava fortemente com a pessoa rígida que a minha mãe era, era ele quem achava as minhas brincadeiras engraçadas e que talvez por inocência eu sempre achei que estaria aqui na minha vida.
Pensar que eu nunca mais vou ver o meu pai comprando ainda mais objetos trouxas escondidos da mamãe, colecionando tomadas e patos de borracha e sempre achando as brincadeiras que eu e o Jorge fizemos super engraçadas. Eu não sei como continuar sem o meu pai, eu sei que os pais não duram para sempre, mas eu nunca imaginei perder o meu tão cedo, mesmo com a volta de Voldemort eu não pensei que isso afetaria a nossa família.
Pensar que eu não passaria mais nenhum natal, páscoa ou aniversário com o meu pai. Que ele nunca veria eu recebendo os meus NIEMs, casando ou abrindo a minha loja de brincadeiras. Agora que eu finalmente estou tão perto de realizar o sonho de abrir a minha loja de brincadeiras, que até enviamos uma proposta para alugar um espaço no Beco Diagonal, o meu pai não estará aqui. Quantas vezes eu não sonhei em levar a minha família para ver o que eu e o Jorge conquistamos o nosso sonho, que nós realmente levamos a sério a ideia de abrir uma loja de brincadeiras e que isso é rentável, que existe um futuro nisso.
O pior é que eu me sentia completamente sozinho o que é algo que nunca experimentei na minha vida tendo um irmão gêmeo e de uma família de 7 filhos. Mas desde que eu perdi o meu pai era exatamente assim que eu me sentia. De repente o Gui virou Lorde Weasley e tinha várias novas responsabilidades que vieram junto com o acento do Wizzegmont, ao mesmo tempo com a guerra e o Gui não sendo casado e tendo filhos o Carlinhos foi promovido a herdeiro e tem funções novas que nunca esperou, o Percy é um traidor vira casaca que se bandeou para o lado do Ministério, eu sabia muito bem a dor que o Jorge sentia porque era a minha e não queria colocar ainda mais peso na sua dor, Ron e Gina são os mais novos, eles passaram ainda menos tempo com o pai e estão sofrendo tanto quanto, eu não posso jogar o meu sofrimento encima deles.
Eu não conseguia ter animo para continuar trabalhando nos produtos da loja de brincadeira ou arrumar motivos para sorrir, eu tinha vários pesadelos e sonhos com o meu pai que me faziam acordar com lagrimas nos olhos. A magnitude do meu sofrimento ficou extremamente obvia no primeiro encontro do Esquadrão do Basilisco quando a Tulipa foi finalmente nos ensinar o feitiço do Patrono que precisava mais do que do encantamento, mas de uma lembrança feliz. Como poderia existir uma única lembrança feliz sendo que todas tinham o meu pai e estavam cheias da enorme certeza de que nunca mais o veria ou viveria algo assim com ele de novo. Até o final do encontro todos os alunos do 7º ano conseguiram fazer um patrono corpóreo, menos eu e o meu irmão que não conseguimos nem um filete de luz.
Nem a Angelina conseguia me animar, ela foi o meu par no baile de inverno ano passado e por um tempo eu achei que iriamos namorar, havia um clima de flerte antes do natal que acabou com a morte do meu pai. Ao mesmo tempo que ela parecia conseguir apoiar o meu irmão e estar lá por ele, eu sentia como se não conseguíssemos mais conversar, sempre que tentávamos tudo saia errado. Eu sabia que ela estava tentando me consolar, mas tudo o que ela falava me magoava ou me deixava com raiva, ela não me entendia e parecia que tudo ficava ainda pior. Quando o encontro do Esquadrão do Basilisco acabou eu só fiquei sentado em um canto sozinho, sem animo para conversar até a Tulipa se aproximar.
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Tulipa Potter e a Ordem da Fênix
FanfictionTulipa Potter e a Ordem da Fênix Uma recontagem da série Harry Potter, mas desta vez o bebê Potter é uma garota e ela foi selecionada para a Sonserina. Tulipa Potter esta prestes e a ser adotada e deixar a casa dos Dursley para sempre, mas nem tudo...