(4) Don't Look Back In Anger| 2012

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Stand up beside the fireplace
Take that look from off your face
You ain't ever gonna burn my heart out

—Oasis

Enquanto descíamos as escadas -eu me recusava a entrar naquele elevador mais uma vez-, um milhão de pensamentos intrusivos surgiram em minha mente

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Enquanto descíamos as escadas -eu me recusava a entrar naquele elevador mais uma vez-, um milhão de pensamentos intrusivos surgiram em minha mente. Jesus, como eu havia parado ali?

Não era como se eu não fosse acostumada a estar em situações esquisitas, afinal, a minha impulsividade me colocava nelas o tempo inteiro. Foi por conta dela que me mudei para a Inglaterra, depois do fim do ensino médio. Foi por isso que decidi trabalhar que nem uma mula, só para poder ver alguns artistas de perto. Bem... foi por isso, também, que aceitei a proposta de Matthew.

Ele pode ter sido um tanto grosseiro, mas... porra. Ele ainda era Matthew Daves, considerado um dos homens mais desejados da indústria, dono do 3 álbum mais ouvido do ano passado. O The Grave era uma das promessas para o indie rock britânico. Depois da minha obsessão por Paramore, nos meus 15 anos, eu nunca tinha sido tão fã de outro artista.

—Para onde vamos? -perguntei, quando chegamos ao térreo.

Ele abriu um sorriso genuíno, dessa vez, deixando as covinhas aparecerem... Tive que ignorar as palpitações do meu corpo.

—Você vai sair assim? -questionou o artista.

É. Talvez, aquelas pantufas e aquele shortinho não fossem ideais para o fim de inverno. Mas, antes que eu pensasse em me trocar, ele fez um gesto com a cabeça, apontando para a piscina. Eu franzi a testa, sem entender muito bem.

—Me dê um segundo. -ele pediu, e tocou em meu ombro antes de sair em direção à recepção.

Suspirei, vendo aquele corpo gigante se mover com rapidez, indo em direção ao mesmo recepcionista de 15 minutos atrás. Matty falou algo com ele que não fui capaz de entender, mas pude perceber um sorriso travesso. Aquilo era demais. Eu podia tentar citar algo menos convincente do que aquela expressão, mas eu não conseguiria.

Vê-lo de perto me fazia compreender toda a fama positiva que ele recebia. Matthew era... magnético. Era quase impossível não ficar vidrada com seus movimentos.

Ele chegou menos de dois minutos depois, erguendo uma chave para mim. E, mais uma vez, apontou a parte externa do hotel, indo em minha frente naquela direção.

Aquele hotel era magnífico. O deck tinha uma piscina linda, que, provavelmente, estava aquecida devido ao clima, e iluminada na cor verde. Alguns detalhes nas paredes e a decoração lembravam uma estética dos anos oitenta, ao mesmo tempo em que a arquitetura parecia ser um pouco mais clássica.

Era foda. Eu não entendia o porquê de a organização do festival ter nos colocado em um lugar cuja diária custava mais de 500 libras, mas eu não iria reclamar.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora