(24) Afraid | 2019

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You're too mean, I don't like you, fuck you anyway
You make me wanna scream at the top of my lungs

The Neighbourhood

—Você não está entendendo, cara

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Você não está entendendo, cara. -eu disse, deixando o meu transtorno transparecer- Eu estou enlouquecendo. E foi apenas um dia.

Sabendo que um possível sorriso estaria sendo formado no rosto  de Graham, decidi não olhar em direção ao computador. Continuei falando e encarando o espelho, enquanto me arrumava.

Ammy declarou que iria aparecer em minha casa, jogando bandejas de ovos nela, se eu fizesse-a perder tempo no estúdio. Eu não tinha noção do quão sério ela estava falando, então, resolvi não me atrasar hoje.

Você vai falar mal de Ammy-mi nessa ligação? -ele questionou.

Eu e Graham estávamos conversando a, aproximadamente, quatro horas e meia.

Desde que saí do estúdio, fiquei pensando na música de Ammybeth e no que poderíamos fazer com ela. A minha noite quase inteira havia sido resumida em mixar, reverberar e testar novos acordes. E, agora, a minha manhã também estava sendo disso. Mas, com a opinião de Graham presente.

E ele ficou perto da bateria, tocando-a um pouco, conforme eu falava e tentava sincronizar com a música. Por mais  difícil que fosse  fazer aquilo por videoconferência, era quase um desafio pessoal chegar ao estúdio hoje com a música praticamente pronta, em termos de melodia.

Vou. Vou, sim. -confirmei, me referindo à sua pergunta anterior.

Eu ia mesmo. O motivo de eu estar aqui, até agora, tentando deixar aquilo perfeito, é porque eu quero provar para aquela menina irritante o quão certos eu e Jesse estávamos, sobre isso precisar de uma batida um pouco diferente.

E, porque, ela ficaria irritada se eu tivesse feito a melodia toda sozinho. O que era bom. Eu adorava ver ela enlouquecendo de raiva, como havia ficado ontem, tanto no momento em que reclamei da melodia, quanto em relação aos instantes em que caçoei do seu namoradinho.

Vou sair de perto de Mary, então.  Ela fica puta com você.

—Onde está ela? -questionei.

—Bem aqui. -ele, então, virou o notebook em direção à mulher, sentada no chão, ao lado da bateria dele.

Mary acenou e sorriu para mim. Mas, logo o sorriso se transformou em expressões de indignação, quando eu declarei:

Você não tem o direito de ficar irritada comigo. Sou o seu melhor amigo.

—É claro que tenho!

—Não tem.

Ela revirou os olhos. Não tinha. Não quanto a isso.

Ammy é minha amiga, também.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora