(19) Paparazzi | 2019

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Baby, there's not other superstar
You know that i'll be
Your paparazzi

—Lady Gaga

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• março de 2019

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••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• março de 2019

Era uma grande ironia do destino, ou uma piada das mais divertidas que existiam, eu ter chegado ao aeroporto de Los Angeles, no mesmo instante em que o namorado ridículo de Ammybeth.

Eu não sabia exatamente para onde aquele cara estava indo e, para ser honesto, eu não me importava muito. Provavelmente, ia gravar mais um de seus filmes românticos e genéricos, que faziam crianças de 12 anos chorarem. Mas, ao que parecia, pelas suas enormes malas sendo carregadas por alguns homens, ele ia passar um tempo considerável fora. Ótimo. Assim eu não precisaria vê-lo marcar presença no estúdio, para ficar perto de Ammy.

Liam Reynolds estava cercado por mais seguranças que eu, mesmo não tendo metade da minha fama. Parte de mim suspeitava que todos os que pediam fotos com ele, naquele lugar, eram fãs de Betty Brown, querendo conhecer o namorado dela. Afinal, esse era o único atributo daquele cara para a mídia, além de seu rostinho bonito. Porque, como ator, ele não impressionava. Como modelo, também não.

—Chris. -chamei o meu segurança, enquanto eu olhava aquela fila que se formava, perto do carro- Você pode segurar Vênus para mim? Sem chance de eu entrar na multidão com ele.

O homem fez que sim com a cabeça, e eu passei a bolsinha rosa, onde tinha um gato gordo de olhos arregalados, por conta do barulho.

Não tive como não pensar em como os paparazzis estavam se divertindo. Em um único portão do aeroporto, tinham três figuras polêmicas da vida de uma das maiores popstars da década. Liam, o seu namorado dos sonhos, para quem ela dedicou músicas melosas. Vênus, o seu pobre gatinho roubado. E, eu, o ex malvado ladrão de gatos.

Acabei dando um sorriso para aquela idiotice, porque era sim engraçado. Era engraçado como Ammybeth realmente havia vendido a história de que eu não queria devolver Vênus para ela, quando não tinha sido bem assim. O felino tinha passado meses sendo cuidado por mim, quando ela não tinha abandonado Oxford ainda. Ele me amava. Eu amava ele. Simplesmente, não era justo que ela achasse ter o direito de pegá-lo para si.

Mas é óbvio que eu não me dei o trabalho de dar qualquer explicação para a imprensa, quando ela começou a alegar aquilo por todos os cantos.

Se Ammy queria chamar atenção e me encher o saco, eu só deixaria um dos dois acontecer. Ela podia falar coisas sobre mim, sobre Vênus, e até mesmo sobre os meninos. Ela podia fazer videoclipes com homens parecidos comigo, e colocar tatuagens falsas iguais às minhas neles, para não restar dúvidas de quem inspirava as canções. Ela podia me farpar e jogar indiretinhas. Mas eu não ia me mostrar afetado. Simplesmente, não ia.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora