67 | Make a Sound

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All this shit is going on in my head
But please, don't save me yet
I just want to make a sound

—Betty B & The Grave

Ammy me pediu desculpas, por todo o estresse do estúdio, e ela pareceu sincera o suficiente para que eu não duvidasse de suas intenções

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Ammy me pediu desculpas, por todo o estresse do estúdio, e ela pareceu sincera o suficiente para que eu não duvidasse de suas intenções.

Por mais que ela tivesse me irritado para caralho, a verdade era que eu não queria ficar com raiva dela. Eu já tinha sentido aquilo demais, ao longo dos anos, e demorou muito para perceber que não valia a pena. Nem um pouco. Eu poderia direcionar toda aquela energia acumulada a outras coisas muito mais divertidas, e foi o que a gente fez, naqueles dias.

E eu temia que aqueles dias estivessem chegando ao fim, depois de ela ter admitido para mim que precisava  de um tempo para se recompor emocionalmente, daquela merda pública.

Tudo bem. Por mais que o meu corpo ficasse dolorido com uma facilidade assustadora, quando se tratava dela, e por mais que fosse ser torturante me manter um pouco mais distante, talvez fosse necessário. Eu entendia bem o que estava acontecendo. Ammy estava frágil demais com o estresse na mídia, e, quando seu humor ficava daquela maneira, era melhor... evitar.

Até porque, foi o que ela me pediu, claramente, quando disse "Eu não confio em mim mesma, quando estou brava. Então... não estranhe, se eu ficar mais reclusa nesses próximos dias, tudo bem? Estou tentando recuperar a minha calma".

Mas, honestamente, quando ela disse aquilo, eu esperei mesmo um pouco menos das nossas conversas, até que tudo se tornasse mais estável.

Não foi bem o que aconteceu, nas horas seguintes. Já que, exatamente 1 e 47 da manhã, enquanto eu me revirava na cama sem conseguir dormir e amaldiçoava Dylan Lawrence por ter ido atrás de algum rabo de saia quando eu, claramente, precisava de alguém para conversar, eu senti o meu telefone vibrar, com mensagens dela.

As notificações do meu telefone eram desativadas para a maior parte das pessoas, então, era sempre um sentimento de expectativa, quando eu via-as aparecerem.

Respirei fundo, quando eu vi o que estava escrito.

E não era difícil perceber que Ammy estava em alguma crise da madrugada, para me mandar aquelas coisas.

De repente, senti um aperto no peito, mesmo que as mensagens fossem um pouco infelizes, para mim. Porque se Ammy estivesse ansiosa e sem conseguir dormir, ontem, eu poderia ter abraçado-a na cama. Hoje não. Hoje ela estava sozinha, em outro bairro. E não deveria estar. Porque eu deveria estar com ela, mesmo se a menina não quisesse aquilo.

 Porque eu deveria estar com ela, mesmo se a menina não quisesse aquilo

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