"-Você vai ser minha de novo -Matthew declarou, com a voz mais rígida, do que carinhosa- Não me importa quanto tempo vai demorar. Não me importo se você vai resistir. Mas acontecerá."
Quando o amor pareceu não ser o suficiente para mantê-los juntos...
Cause you know what you're doin' when you're comin' back And I don't wanna have another heart attack
—Conan Gray
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Dedicatória: Essa não é uma fanfic de Harry Styles, mas eu dedico-a a todas que leram várias delas e, por isso, acharam que, um dia, esbarrariam com um rockstar e teriam suas vidas mudadas.
Aqui, isso realmente acontece.
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•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 2019
Hoje seria o meu 100° show. E os caos dos camarins pareciam ser compatíveis àquele título.
Centésimo show em uma arena. Era a centésima vez que eu tocava para algumas dezenas de milhares de fãs, que saíam de suas casas para me ver. Isso era assustador. Excitante, mas assustador, porque o frio na barriga parecia nunca ir embora. O medo de errar a letra, ou de não dar a eles o estavam esperando, ainda estava atingindo os meus pensamentos.
Já ouvi diversas vezes, durante a minha carreira, que, aos poucos, os palcos se tornariam a nossa casa. E eu podia dizer que era verdade, sim. Mas uma casa onde você se sente a protagonista, a responsável por manter toda a ordem e todas as coisas funcionando. Como uma mãe que precisa manter seus filhos confortáveis e as roupas no lugar. Como uma mãe que, amava tudo o que fazia, mas sabia que, se falhasse, veria as lágrimas de desapontamento de todos os que a rodeavam.
Mas não exatamente assim. Digo, isso é uma comparação dramática. Mas eu sou artista, fazer o que?
Os filhos eram como meus fãs. Ficavam felizes por cada movimento certeiro que eu fazia, mas me julgariam por cada atitude mal pensada. E, claro, eu não era a única responsável por manter isso de pé. Na verdade, dependia muito mais da competência da minha equipe, do que da minha própria.
Cada um estava trabalhando para que fosse perfeito. Estavam tomando de conta dos assentos e da distribuição de água. As luzes precisavam brilhar na hora certa e, se algum dançarino falhasse, eu poderia sofrer um traumatismo. Se minha barriga tivesse um pouco mais inchada, a roupa não se encaixaria da forma perfeita que as fotos pediam.
Então, sim. Seria sempre assustador. E seria sempre a coisa que me faria mais feliz na vida.
Não havia nada melhor do que ver o rosto deles, ou do que ouvir os gritos chamando o meu nome, quando as luzes apagavam. Aquele sentimento de adrenalina... era o que me mantinha viva.
Lembro bem da primeira vez que estive em um camarim, há 7 anos atrás, e vi um grupo de garotos se preparando para fazer um show estrondoso. Eu não tinha ideia do que estava por trás. Eu não sabia o que eles precisavam ter feito para receber uma estrelinha com seus nomes, na porta de um estádio. Mas eu queria aquilo.