72 | Davie

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Every time I see those girls
Driving crazy over your face
I hate myself for doing the same

—Betty B.

—Eu gosto dessa estrutura

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—Eu gosto dessa estrutura. Não tenho nada a reclamar. -declaro.

Mary passou a mão pelos seus fios de cabelo um pouco assanhados, antes de prendê-los no topo da cabeça. Ela parecia um pouco exausta. E eu entendia completamente aquilo, já que passava das oito horas da noite e só levantamos as bundas daqui, para ensaiar algumas músicas.

Estava sendo um pouco mais difícil do que imaginei. Estávamos errando um pouco os tempos, algumas cifras não estavam totalmente decoradas e a minha sincronia com Matthew, às vezes, falhava.

Seria tranquilo consertar em 10 dias, até o show. Isso se não tivéssemos mais um monte de compromissos, antes dele...

—Eu também não. -Matthew concordou.

Ela havia aproveitado um monte do que já estava planejado para o show de Maya, e adaptou ao concerto que nós queríamos fazer. Mary era muito boa naquilo. Era criativa, sabia mexer em um monte de aplicativos confusos e conseguia adaptar tudo. Um verdadeiro talento.

—Você fez tudo isso em um dia? -questionei, me perguntando se isso era alguma ideia prévia ou não, por ser muito elaborado para algo repentino.

Mary fez que sim com a cabeça, meio cansada demais para falar.

—Vocês dois enlouqueceram a minha noiva. -Graham falou, com expressões de compaixão, enquanto acariciava a bochecha da mulher- Olha a carinha de quem não dormiu direito, tadinha...

—É. -ela revirou os olhos- Mas não foram só eles que atrapalharam o meu sono.

—Shhhhhh.... -o baterista murmurou, colocando o indicador sobre a boca, como se eles tivessem que guardar algum segredo.

Como se eles não fossem se casar, em algumas pouquíssimas semanas.

Acabei dando uma risadinha, ainda mais quando vi Dylan revirar os olhos. Era adorável. Eu gostava de como eles dois transpareciam aquela tranquilidade, e tinham piadinhas entre si, que não precisavam esconder de ninguém.

A intimidade e o bom humor... me faziam suspirar. Principalmente, quando eu me lembrava de como eles viviam em negação de sentimentos, na época em que os conheci.

—No caso, sobre as roupas... -ela interrompeu os meus pensamentos, quando voltou a assuntos importantes- Eu preciso saber como querem estar vestidos, para os shows.

— Maya me emprestou o vestido vermelho que ela ia usar. Mas só para a parte do piano. -falei- Seria muito desconfortável, para o resto.

E quando ela falava "o que vocês querem" era mais uma pergunta a mim, do que aos meninos. Porque, bem, eles vestiam o que ela mandava e sempre foi assim.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora