75 | Playing On My Mind

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It all kicked off and it's been playing on my mind
The whole thing has been playing on my mind

—The 1975

—Gatiiiiinho!! -Ele gritou, enquanto apertava Vênus em seu colo e fazia o felino apresentar um olhar de pânico

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—Gatiiiiinho!! -Ele gritou, enquanto apertava Vênus em seu colo e fazia o felino apresentar um olhar de pânico.

Tentei ser racional e defender os animais, mas era fodidamente fofo, quando ele o agarrava assim. Fofo, mas só aos nossos olhares, porque o meu gato estava claramente sofrendo.

Nosso gato. Meu e de Ammy.

—Jhonny, não é assim que trata o gatinho. -eu expliquei, tentando tirá-lo de suas mãozinhas- Se você aperta, ele se assusta.

John Michel fez uma cara de choro, enquanto eu tomava o bichano para mim, mas eu já era muito consciente de seus fingimentos. E ele era muito consciente de que eu sempre cedia às coisas que o menino queria, sabendo que ele era perfeito agora, mas, provavelmente, se tornaria um adolescente mimado.

—Não chore, ou eu vou chorar também. -falei, porque era verdade.

Eu simplesmente odiava ver ele chorando, independente se fosse birra ou qualquer coisa do tipo. Alex sabia lidar bem para caralho, resultado de todos os vários títulos sobre paternidade lidos, mas eu não. Ou eu cedia ao que ele queria, ou eu entrava em pânico.

Então, automaticamente, me lembrei da conversa que eu tive com Ammy, há uma hora atrás. Eu amava a ideia de vê-la tendo minhas crianças. Porque, apesar de ela achar que eu sempre tive o sonho de ser pai, isso não era exatamente verdade.

Eu sempre quis ser os pais dos seus filhos. Nunca pensei nada daquilo com nenhuma outra mulher, porque, simplesmente... não era a mesma coisa.

—Assim, olhe. -eu mostrei, enquanto passava a mão, levemente, sob a cabecinha de Vênus.

Johnny imitou, com a sua mãozinha linda e minúscula, acariciando os pelos dele. E eu tive que respirar fundo, em alívio, ao perceber que nenhuma lágrima ou nenhum gritinho de choro havia saído.

Acabei, também, dando um sorriso para Carly, que voltava da cozinha com um prato de frutas cortadas, que havia preparado para a criança. Alex normalmente ficava com os dois, em praticamente todas as refeições, mas, agora, estava se arrumando para irmos até à cidade.

Eu era o único pronto. Dylan eu sequer sabia se estava acordado, porque não ouvi sua voz desde que saí do quarto, Mary e Graham estavam no chuveiro -e espero que em chuveiros separados, ou então, demoraríamos ainda mais- e o baixista estava terminando de se vestir, assim como Ammy.

A mulher colocou-o na cadeirinha e eu fiquei meio nostálgico, vendo que ele já comia sozinho. Era engraçado ver a formação de um ser humano. Era engraçado vê-lo aprender a fazer as coisas. Era bonito, também.

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