"-Você vai ser minha de novo -Matthew declarou, com a voz mais rígida, do que carinhosa- Não me importa quanto tempo vai demorar. Não me importo se você vai resistir. Mas acontecerá."
Quando o amor pareceu não ser o suficiente para mantê-los juntos...
You can't blame me For the night that I lost my mind You can't see, well, I see it His eyes looking into mine That place was getting high
—Betty B.
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••••••• Ammy, 27 de janeiro de 2014, meio dia e 33 minutos.
Eu poderia dizer que havia acordado cedo, devido à minha equipe tentando entender o que deveria ser feito, depois de tudo. Mas, a verdade, era que eu não tinha dormido nem um segundo.
Desde o minuto que saí correndo daquele bar, como uma verdadeira covarde, que não conseguia sustentar os próprios discursos ou entender os sentimentos que lhe faziam ferver, a minha mente não tinha parado. Era tudo uma confusão que jamais teria fim. Enquanto eu e Matty existíssemos na mesma terra, seria impossível ter paz.
E eu estava tentando me esconder das minhas próprias decisões, enquanto me acaba em lágrimas, vendo o meu telefone apitar. Eu queria jogar aquela merda na parede.
Uma reunião de urgência, via FaceTime, havia acabado de terminar. E já tinham um milhão de mensagens de Matthew, de Sarah, de Nicholas e de todo o mundo que se achava no direito de me julgar.
Mas digo, nenhum deles estava com mais vergonha da minha própria postura, do que eu própria. Cacete, tinha a porra de um prêmio de "Álbum do Ano" na minha frente. Eu tinha ganhado o prêmio mais importante da noite, e fui embora da festa de comemoração, para me jogar nos braços do homem que eu havia acabado de xingar, nos discursos.
E, agora, eu precisava lidar com as suposições -corretas- da mídia.
Eu e Matty havíamos sido tolos de achar que o bar de meia-idade era seguro. Agora, não havia nenhum lugar em que fôssemos anônimos. E, nossa única sorte havia sido a pouca dedicação daqueles idosos para tirar fotos, pois, a imagem que estava sendo discutida no Twitter, não tinha nitidez nenhuma.
Se não fossem as tatuagens de Matty, seus característicos acessórios e cabelo perfeito, mal daria para ter reconhecido-o, ali. E, me identificar era praticamente impossível, por conta das sombras.
E, então, aquilo me deixou brecha para ser uma covarde, mais uma vez.
Eu neguei. Mandei a minha agente de relações públicas falar para a RollingStone que não era eu, na foto. Que eu não queria gastar energias com Matthew, e sim com aquele principezinho que não me causava sentimento algum.
Na reunião com a minha equipe, mais cedo, neguei que eu era a mulher no colo de Matthew Daves, enquanto eu olhava para as notificações no meu telefone. Enquanto eu o via pedir por uma conversa, nas barras de notificação, e perguntar se eu havia chegado em casa. Neguei que havia beijado-o, mas eu ainda conseguia sentir aqueles lábios febris nos meus. Neguei que eu tinha tido uma recaída, quando eu desejei me perder naqueles braços o tempo inteiro.