73 | Afterglow (⚠️)

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Tell me that you're still mine
Tell me that we'll be just fine
Even when I lose my mind

—Taylor Swift

Matthew estava brincando com o afilhado, quando eu entrei no quarto e me preparei para dormir

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Matthew estava brincando com o afilhado, quando eu entrei no quarto e me preparei para dormir. Eu queria muito falar com Mary ou Carly sobre como eu estava me sentindo quanto àquilo tudo, e queria saber se... eu estava sendo chata demais. Mas eu não fui.

Por mais que tivessem sido simpáticas comigo, elas não eram as minhas melhores amigas, como há 7 anos atrás. Tinha um monte de acontecimentos e um monte de anos separando as nossas vivências e... e não sentia que era certo falar sobre.

Eu amava aquela casa, depois de um dia inteiro aqui. Eu amava aquele grupo de pessoas que estava nela. Eu amava o nosso projeto e o que estávamos fazendo dele. Mas... depois de brigar com Matty, eu me senti miserável.

Eram os amigos deles, não os meus. Eu sabia daquilo. E Dylan, em particular -que costumava ser a pessoa mais próxima a mim, depois de Matty-, já havia deixado o seu caso bem claro diversas vezes.

Por mais que eu não quisesse me sentir mal, eu me senti, enquanto ouvia as risadas deles vindas da sala. Mary perguntou se eu iria jantar, eu disse que estava sem fome, e agora eu estava prestando atenção nas conversinhas deles. Era tão triste pensar que eu tinha perdido um milhão de momentos felizes com eles, por conta do fim do relacionamento com Matthew, e, agora, que eu poderia tentar recuperar,
eu queria ficar encolhida nos lençóis.

Não era só ciúmes. Eu estava triste, também, ao perceber que ele teve outras pessoas incríveis como parceiras. Enquanto eu só atraí coisa ruim, e nem me refiro somente a Liam.

E, quando eu finalmente podia estar com alguém que aparentemente gostava de mim de verdade, eu começava a agir de forma impulsiva, ficando chateada com tudo.

Acabei tornando aquele sentimento triste mais intenso, quando percebi que a porta do quarto estava se abrindo, e que o cheiro de shampoo mentolado invadiu as minhas narinas.

Eu não tinha controle de mim mesma, quanto a Matthew, e isso me assustava. Eu não gostava de ser tomada pelas emoções. Eu tinha muito medo de tudo, e sempre deixava o pior sair pela minha boca, por conta disso.

Coisa que era comprovada pela maneira como eu arfei, ao sentir ele se sentar na cama e passar as mãos pelos meus ombros descobertos, como se fosse um feixe de eletricidade sob os meus nervos. Eu queria que ele pensasse que eu estava dormindo, mas ele me conhecia.

E eu o conhecia. Por isso, sabia que o homem ia me fazer falar alguma coisa.

—Ursinha...

Não murmurei nada, mas pela forma como eu me mexi, para afastar o seu toque, ele teve a certeza de que eu estava acordada.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora