"-Você vai ser minha de novo -Matthew declarou, com a voz mais rígida, do que carinhosa- Não me importa quanto tempo vai demorar. Não me importo se você vai resistir. Mas acontecerá."
Quando o amor pareceu não ser o suficiente para mantê-los juntos...
Seein' you tonight It's a bad idea, right? Seein' you tonight Fuck it, it's fine
—Olivia Rodrigo
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••••••• Matty, 27 de janeiro de 2014, meia noite e 57 minutos.
Faziam exatamente duas horas que eu havia deixado a cerimônia dos Grammy's. Exatamente uma hora e cinco minutos atrás, eu chegava no meu lugar favorito da cidade: Uma taverna subterrânea, pouco, mas, muito bem frequentada, onde ninguém parecia se importar com o meu histórico de relacionamentos, ou com a quantidade de prêmios que eu levava para casa.
Ninguém aqui se importava com o quão famoso eu era. Ninguém aqui dava a mínima se eu era um desviado, que quebrava corações de garotinhas inocentes e desmaiava em banheiros de hotéis.
Eu amava essa taverna. Era difícil ser famoso e conseguir se divertir em Los Angeles com pessoas normais, mas lá era possível. Lá era simpático e escondido e...
Quem eu estava querendo enganar?
Aquele barzinho nunca seria o meu lugar favorito na cidade. Ele, no máximo, entraria em uma lista, mas abaixo de todos os outros cantos onde eu havia andado com Ammy, há dois anos atrás.
Ammy? Será que eu sequer poderia chamá-la daquela maneira? Não. Eu não podia. Era Betty Brown, agora. Betty B, também, quando as revistas queriam soar mais divertidas.
Não era mais a minha Ammybeth, irritadinha e adorável. E, talvez, perceber aquilo tornasse as coisas menos difíceis.
Graham: Matty
Graham: as suas fotos saindo da cerimônia já estão em todos os lugares
Graham: nenhum segurança com você, cara?
Eu usei seguranças para chegar até o carro, e sumir daquele lugar. Não era preciso mais que aquilo. Eu não suportava mais que aquilo, pelo menos, não hoje.
Hoje eu queria ficar sozinho com minhas mágoas e com a raiva fumegante em meu peito, escutando os problemas das pessoas no bar, e imaginando como seria viver na pele delas. Talvez compôr algumas músicas, que, depois, precisariam ser revistas, para que não parecessem ser sobre Ammy.
Eu não queria seguranças. Não queria os meninos. E não tinha merda de prêmio que tirasse aquela inquietude de mim.
"Melhor perfomance de grupo". "Melhor música de rock".
