(13) I Gotta Feeling | 2012

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I gotta feeling
That tonight's gonna be a good night

—Black Eyed Peas

Nós tínhamos acabado de terminar o nosso último show na Europa durante essa temporada, e eu estava vendo a placa de Bristol sumir pelo retrovisor, enquanto dirigia aquela van

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Nós tínhamos acabado de terminar o nosso último show na Europa durante essa temporada, e eu estava vendo a placa de Bristol sumir pelo retrovisor, enquanto dirigia aquela van.

Fazia muito tempo que eu e os meninos não viajávamos para um show sozinhos, sem Mark, Mary, os fotógrafos ou qualquer outra pessoa da produção. Só nós quatro, na estrada, brigando por quem ia ficar no volante, conversando coisas sem sentido, escutando a rádio da BBC no último volume, e sem precisar seguir ordens de ninguém. Era bom. Meio nostálgico, até.

E eu dei graças aos deuses, por estarmos só nós, porque os demais, certamente, não iam gostar muito da ideia de viajar para ir atrás de uma garota.

Quando chegamos a Bristol, para fazer aquele show, eu me convenci de que aquele era o momento perfeito. Aquela cidade ficava a menos de 90 quilômetros de Oxford, e eu não aguentava mais viver aquela incerteza. Eu precisava ver Ammy. Precisava ver o rosto que havia aparecido nos meus sonhos, tornando-os menos horríveis, para saber se... se ainda valia a pena me atormentar.

Eu não costumava ser o tipo de homem que fazia coisas como essa. Eu não tomava decisões completamente irracionais sobre garotas -principalmente, quando eu mal as conhecia-, em busca de algum sentimento novo.

Mas, agora, parecia que aquela ansiedade implorava para sair do meu corpo. E eu não ia ficar em paz, até que aquilo acontecesse.

Ammy havia consumido parte do meu cérebro, nas últimas semanas, e aquilo era enlouquecedor. Eu lembrava dela nos shows, nas coletivas de imprensa e até nas entrevistas.  Andei em algumas cidades, e acabei me perguntando se ela gostaria de vê-las. Escrevi melodias, e quis mostrar para aquela garota.

Eu precisava  saber se era tudo parte dos meus pensamentos inquietos, que criavam  cenários irreais o tempo inteiro, ou se tinha algo ali.

—Nós realmente estamos viajando em busca de uma universitária puritana, porque Matty não consegue resolver os problemas sexuais sozinhos?

Ouvi Graham resmungar, no banco de trás, e um sorriso tomou conta de meu rosto, quase instantaneamente.

—Eu faria o mesmo por você. -eu disse, e não era mentira.

—Como se algum dia eu fosse ficar obcecado por uma garota.

—Você literalmente é obcecado por Mary. -Dylan respondeu, então.

E eu ouvi a risada de Alex, automaticamente.  Sendo o único da banda que tinha uma namorada, o baixista sempre se divertia ao escutar Graham falando sobre o seu coração de gelo.

—Eu não sou obcecado por Mary.

—Aposto que você repete isso para o espelho, antes de dormir.

Agora, a minha risada se juntou a do baixista.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora