79 | mad woman

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Every time you call me crazy,
I get more crazy
What about that?

—Taylor Swift

—Tio? -a vozinha infantil me tirou de um sono quase profundo —Você pode me colocar na caminha?

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—Tio? -a vozinha infantil me tirou de um sono quase profundo —Você pode me colocar na caminha?

Pisquei, lentamente.

—Vamos, Johnny. -sorri, um pouco preguiçoso.

O relógio apontava 5 e 37 da manhã e eu estava tentando situar a ordem de espaço e tempo, no planeta. O ar entrou e saiu dos meus pulmões com tanta força, que parecia que eu não tinha respirado nada, durante toda a noite.

Passei a mão no pequeno bracinho de John Michael e tive que sacudir a cabeça. Deus, Carly me mataria se visse o seu filho dormindo no meio da sala, sem passar por nenhum de seus rituais de higiene do sono.

Levantei-o e peguei-o em meu colo, já indo em direção às escadas.

Ele agarrou o meu pescoço, para lhe dar alguma firmeza, e eu senti aquele cheiro característico de criança, me inebriando.

Eu estava um pouco irritado e cansado, antes de ir finalizar a minha noite com desenhos infantis. Eu não queria que Ammy estivesse tão distante, de repente. Eu não gostei de Carly ter chamado Natalie para dormir aqui, ou de como Graham deu risadas sobre isso, quando me viu retorcer o nariz. Também, fazia meses que eu não tinha um dia tão intenso de trabalho, quanto hoje.

É claro que para mim, Alex e Graham foi um pouco mais, já que Dylan e Ammy decidiram que por aquela noitee bastava e queriam ir tomar drinks, no meio da cidade. E tudo bem, porra. Eu não estava nem um pouco incomodado com o fato de ela estar saindo com a merda do meu único amigo solteiro e que, por mais leal que tivesse sido em todos aqueles anos, adoraria se vingar por eu ter tocado em Maya.

Mas, quando eu fiquei com Johnny por aquele tempo, eu apenas esqueci de tudo. Ele me relaxava.

É claro que alguns dias sozinho com aquela criança completamente energética e mimada -e eu tinha minha parcela de culpa pela segunda característica-, me enlouqueceu, algumas vezes. Mas... também me fazia esquecer das outras coisas.

Eu amava crianças. E eu amava mais ainda essa criança, em específico.

E, sem querer ser um amigo invejoso com Alex ou coisa parecida, mas eu realmente queria uma dessas para mim. Um dia.

—Cuidado! -ele sussurrou em meu ouvido, com uma voz traquina —Tia Lili está dormindo...

Seu pequeno dedo apontou para o corpo da mulher coberto, na cama ao lado da dele, onde ela estava adormecida.

—Vou ter que trocar sua roupa -avisei —Temos que fazer isso com cuidado, para não acordar a Tia Lili. Tudo bem?

Ele fez um exagerado gesto com a cabeça.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora