71 | Big Black Car

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Well the time has a way of throwing all in your face
The past, she is haunted, the future is iced

—Gregory Alan


Senti o meu nariz se aquecer, enquanto eu, lentamente, roçava-o naquela deliciosa fonte de calor

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Senti o meu nariz se aquecer, enquanto eu, lentamente, roçava-o naquela deliciosa fonte de calor. A veia de seu pescoço pulsava sob a minha pele, enquanto eu me afagava, melhor me posicionando naquele corpo gostoso e...

Que porra era aquela?

Ergui a minha cabeça, em susto completo, quando me dei conta de que eu estava praticamente esmagando Matthew com meu corpo, e que o meu braço estava passando por ele, quase o agarrando.

Meu Deus, por favor, se você tem um pingo de piedade de mim, me diga que eu não passei a madrugada inteira assim...

—Como está a sua busca por um pouco de espaço, ursinha?

O sorriso no rosto dele não tinha nada além da mais pura diversão e, eu estava completamente desnorteada, enquanto analisava-o. Os dentes longos, perfeitamente retos e brancos, a risada que alcançava o fundo da minha alma com aquela vibração e a pequena vontade de socá-lo, apenas porque eu odiava lhe dar razão.

Apoiei os meus cotovelos no colchão, ainda sem falar muita coisa, enquanto eu tentava deixar a minha visão clara. Era difícil. Os olhos sonolentos tornavam aquela imagem meio borrada. A mente semi-acordada deixava o meu raciocínio lento, mas, não o suficiente para eu não entender o que estava acontecendo.

—Que horas são? -questionei, com a voz confusa.

—Perto das 10. -ou seja, não dormi o suficiente, mas dormi mais do que eu deveria.

Suspirei, enquanto me afastava da cama, antes que Matthew me puxasse pelo quadril, de volta. Ah, Deus... era quase uma questão de orgulho, esconder a minha leve excitação, por conta daquilo.

—Não seja estraga prazeres. -ele disse, ainda rindo- Estava tão gostosa, assim...

Era pior do que todas as outras quentes que fazíamos. Aquele tipo de carinho, afeto completamente gratuito, transparecia uma necessidade muito mais profunda, que me deixava confusa. Me deixava aflita.

Se tornava irritante o quanto eu gostava das suas expressões suavizando, a cada vez que minha mão o sentia de uma forma gentil. Ou de como sua respiração se tornava pesada, e seus olhos se fechavam em reflexo. Eu adorava como Matthew parecia tão mais delicado, quando estava recebendo aquele tipo de toque e...

—Você não vai conseguir. -declarei, ignorando os meus desejos.

Ele revirou os olhos.

—O que acha que estou tentando fazer? -ele perguntou, genuinamente- Isso não é jogo, ursinha. Pare de ser tão resistente.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora