"-Você vai ser minha de novo -Matthew declarou, com a voz mais rígida, do que carinhosa- Não me importa quanto tempo vai demorar. Não me importo se você vai resistir. Mas acontecerá."
Quando o amor pareceu não ser o suficiente para mantê-los juntos...
We were made for it Your skin is on fire Your mind is the darkest We were made for it, darlin' Don't search for another Cause you were made for me
—The Grave, feat Betty B. 🚩
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O vento era congelante, me fazendo tremer, naquela varanda. As nossas camisetas ainda estavam jogadas pelo chão, quando Matthew pegou um edredom para cobrir os nossos corpos. Foi um alívio imediato.
O sol de Glasgow estava finalmente surgindo, deixando as nuvens com tons de rosa. Podíamos ver os carros se movimento na rua, e a padaria ao lado do hotel já estava nos fornecendo um dos melhores aromas que existiam.
Não havíamos dormido. Passamos mais de três horas em diferentes posições, descobrindo sensações que eram novas para mim e, principalmente, dando muitas risadas. Parecia que eu o conhecia há a anos. Havia uma certa mágica naquilo tudo.
Eu queria não criar um milhão de cenários em minha cabeça. Eu sabia que Matthew não era um homem qualquer, mas uma estrela, com uma vida completamente maluca, cheio de contatos e de mulheres. Mas, era difícil. Porque parecia que tínhamos nos conectado de verdade naquela noite.
—6 e 37. - falou o horário, olhando para o a tela de seu computador.
—Nunca vou me acostumar com isso. -observei o céu ainda um pouco escuro- Na Califórnia amanhece tão cedo.
—Você sente falta?
Minha mente passeou pelas minhas memórias na América. Minha mãe, meu padrasto e os seus filhos insuportáveis. As meninas mais descoladas que eu e os meninos da escola que nunca foram gentis. A casa que antes eu amava, mas se tornou um inferno de brigas e festas sem sentido.
É. Eu menti para Matthew, quando eu disse que minha única motivação para vir ao Reino Unido era a faculdade. Oxford era um sonho, mas, a verdade, é que eu não suportava mais nada que envolvesse o resto da minha família.
—Apenas do clima. -respondi.
Eu e Matty não estávamos mais bêbados. Mas, devido ao cansaço, as nossas vozes continuavam arrastadas.
—Eu vou tocar em Los Angeles, no próximo mês. Quer ir?
Acabei rindo daquela pergunta. Ele não estava falando sério.
—Ir para Los Angeles com você?
—Por que não?
—Por que eu viajaria com um desconhecido?
—Você transou com um desconhecido. -ele fez um gesto com a cabeça, zombando de mim.
