(38) Love Is Embarrassing | 2012

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Jesus, what I was even doing?
'Cause I know, it don't mean a thing

—Olivia Rodrigo



Pela varanda do apartamento de Katherine, eu olhei-a conversar com aquele ator, no térreo

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Pela varanda do apartamento de Katherine, eu olhei-a conversar com aquele ator, no térreo. E senti o meu coração começar a doer.

Eu estava tão irritado com Ammy.

Ela não me deixava falar e, também, não sabia falar o que tava pensando. Queria não ficar bravo, porque, no fim, nós dois estávamos meio fora da sobriedade no momento, mas aquilo era tão fodidamente irritante.

Depois de eu tentar explicar, pela milésima vez, que eu não tinha feito nada com Katherine -por mais que eu entendesse o porquê de ela pensar aquilo-, a garota simplesmente surtou e me mandou sair de perto.

Quem Ammybeth achava que era para falar comigo daquele jeito? Porra. Que menina descontrolada e ciumenta e...

E eu gostava tanto dela, que 10 minutos ali na festa, tentando explicar a situação para os meninos, me fizeram querer surtar. Porque ela estava lá embaixo, chateada, e prestes a desabafar com um aquele homem perfeitamente engomado e penteado, com um ar de chato inexplicável.

—Liam adora garotas indefesas, mesmo... -ouvi Katherine sussurrar, sobre o seu parceiro de cena, ao vê-lo se aproximar.

Graham tinha acabado de me falar que Mary estava indo buscar a menina, na festa. E que eu devia ficar lá com eles, esperar o próximo dia, para que todos nós nos acalmássemos e pudéssemos conversar.

Eu não ia ficar aqui. Talvez, pudesse continuar sendo divertido para ele e para Dylan, que estavam claramente sob efeito de MD ou qualquer outra coisa parecida. Mas, para mim, não fazia sentido. Eu não estava drogado e eu me conhecia o suficiente, para saber que eu não conseguiria fingir que ele atrito não tinha ocorrido, e apenas continuar me concentrando em socializar, aqui.

—Se ver eles, diga aos meninos que eu vou embora. -eu disse, à Katherine.

Deixar Ammy ficar sozinha lá embaixo, por quase dez minutos completos, já tinha sido demais. Eu tinha que torcer para que ela não surtasse com a minha presença, ou aceitasse o que eu tinha a dizer, porque eu não ia deixar. Não ia deixá-la ir embora com a minha amiga, para desabafar, no caminho, sobre o quão idiota eu era, se, no fim, não fiz nada.

Quer dizer, eu posso ter alguns comprimidos de ansiolítico no meu bolso, agora. Mas, fora isso, não fiz nada.

—Você está brincando, não é?

Eu já tinha dado meia-volta, indo em direção ao elevador da cobertura, quando escutei a reclamação da atriz.

—Vai deixar de se divertir, por conta de uma adolescente birrenta?

—Ela tem a sua idade, Katherine. -E quase a minha, também.

—Não parece.

Sinceramente, eu não entendia o que ela queria dizer com aquilo, mas também não me importei. Apenas apertei o botão pela décima vez, sabendo que não adiantava de nada, e torci para que ele chegasse logo.

Soa Como Desastre (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora