with problems.

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— Yelena, a Wanda pediu comida, presta atenção quando chegar, por favor. Eu vou estar no quarto. — eu avisei ao passar pelo o quarto de Cecília e deixar uma leve batidinha na porta, apenas para chamar a sua atenção, até onde eu sabia, estavam brincando por ali. — O que estão fazendo? — voltei alguns passos, prendendo o riso ao ver Yelena se atrapalhar ao sair debaixo do forte que haviam construído com alguns amontoados de cobertores. — E que bagunça é essa? — andei para dentro do cômodo, analisando o estrago de perto, tinha brinquedo saindo até pelo o corredor. — Isso é gliter? — fiz uma careta ao segurar o tênis lambuzado com algo brilhante azul. 

— Esse sapato não é meu. — Yelena negou ao se aproximar, tomando o calçado de minhas mãos e o analisando ela mesma.

— Sério? Não imaginei mesmo que o seu pé fosse o tamanho 5. — impliquei e ganhei o dedo do meio como resposta.

— Maeve? — chamou, batendo na "porta" improvisada da casa delas dentro de um quarto, na minha casa.

— Oi, titias. — a menina sorriu ao colocar a cabeça pra fora e eu por muito pouco mesmo não caí dura no chão. — Esse tênis não é meu. — negou e Belova deu de ombros, descartando o tênis logo em seguida, eu ainda estava em estado de choque. 

— Yelena. — me voltei para a loira sorridente ao meu lado, o que você fez com o rosto da filha da minha irmã? — gritei, quando enfim recuperei a voz. — Maeve, venha aqui! — chamei e a menina saltitou até mim.
— Pelo amor de Deus. — eu segurei a menor pela bochecha, observando a maquiagem exageradamente escura nos olhos e o batom vermelho da orelha até os dentes.
— Ela parece uma palhaça.

Yelena riu, ela conseguia ser mais infantil do que a própria criança as vezes.

— Ela queria ficar como a Arlequina, já ouviu falar? — Maeve asssentia, ela assinaria embaixo de tudo o que Yelena sugerisse.
— Ela é uma palhaça. — murmurou por fim.

— É claro que eu já ouvi falar! — soltei Maeve e me afastei. — E ela é mais do que só uma "palhaça" pra sua informação. — apontei o dedo em seu rosto.

— Tanto faz. — ergueu as mãos, debochada.

— Escutaram o que eu disse? — apontei para as duas, que trocaram olhares tediosos.
— Não façam essas caras, Maeve eu sou a sua tia, não se esqueça, ainda sou autoridade por aqui. — a parte depois da vírgula, eu quis dizer para Yelena, pra ver se ela se manca, mas acabei atingindo Maeve em cheio, ao invés disso.

— Eu não me esqueci, titia Nina. — negou freneticamente. — É você quem parece que se esqueceu. — disse e me deu as costas, cabisbaixa, voltou para o seu esconderijo, não me dando tempo de respondê-la adequadamente.

— Ei... — eu fiz menção de que iria me juntar a ela, mas Yelena foi mais rápida, impedindo a minha entrada. — Contou pra ela? — eu poderia dar um soco no nariz perfeitinho dela agora mesmo.

— Eu não contei. — sussurrou. — Mas ela não é boba, crianças percebem as coisas, você está distante. — eu assenti, ignorando, por enquanto, o fato de que essa última parte, não pareceu ser exatamente sobre Maeve –, também cabisbaixa, isso detonou com o meu humor, e Yelena, na hora, pareceu perceber.
— Eu vou limpar ela e esperar lá embaixo pela comida, fica tranquila, vai ficar tudo bem. — me confortou, tocando o meu ombro.

— E os brinquedos, eu quero todos no lugar antes de Cecília chegar. — disse e ela assentiu, concordando muito rápido, para o meu gosto, com tudo.

— Eu te chamo quando a comida chegar? — ela sorria, gentil, isso era meio que intimidador, de uma forma nada boa, não estava acostumada, eu franzi o cenho, mas confirmei. — Bom, então, vamos Maeve, corre. — chamou e a menina passou por mim como um furacão, impossível de segurar.

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora