nós vamos ter outro bebê.

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DAVINA, point of view.

— O que acha desse aqui? — eu me viro para a minha irmã que segura um vestido simples de alça em frente a seu corpo.

— Está perfeito, é a sua cara, mas... — esboço um gesto de aprovação, e sinalizo para que ela dê uma voltinha, o que ela imediatamente o faz, me dando uma visão completa do seu visual. — ...vai caber em você?

— Eu vou só ignorar que você acabou de me chamar de gorda, Davina Romanoff! — rebate com raiva antes de revirar os olhos para mim. — É claro que vai me servir.

Ela está prestes a dar a luz a Nathaniel e ignorando este fato mais o fato de que ela deveria estar apenas esperando por este momento, em casa – e me arrastou para fazermos compras como se ainda tivéssemos 16 anos. Suas escolhas me fazem questionar se foi eu mesma quem perdeu a memória, ela parece exatamente como a Cèline que eu me lembro.

Enquanto espero que ela volte do trocador, me pego imaginando quando for o meu momento de esperar pela a chegada do nosso bebê, com Natasha. Eu mal posso esperar pela a hora de ser contemplada com a imagem de uma ruivinha barrigudinha.

O meu celular vibra e toca dentro da minha bolsa e não é surpresa alguma o nome "estúpida" na barra de notificação, Natasha parecia ter um sexto sentido e sabia quando eu estava pensando nela.

"Oi meu amor, vai demorar muito com a sua irmã? Estou com saudades :("

"Eu estava pensando em você também."

"Pensando como?"

"Só me lembrando da gente terça-feira passada..."

— Está sorrindo pro celular... falando com a namorada? — o celular em minha mão quase vai parar no chão, eu ergo o olhar só para encontrar a minha querida irmã rindo divertida. — Sobre o que estão falando? — Cèline se inclina em minha direção, tentando arrancar alguma informação ao observar o celular, mas eu sou mais rápida em bloquear a tela e enfiar o celular de volta dentro da minha bolsa. — Era sobre sexo, não era?

Eu imediatamente me atiro contra ela e esparramo a palma da mão em sua boca, a calando.

— Fala baixo, Cèline! — a repreendo, felizmente as únicas três pessoas por perto estão distraídas com as suas próprias compras, não nos ouvem, assim eu espero.
— E aí, já escolheu o que você vai levar?

Cèline aponta para a minha mão tapando a sua boca. Eu balanço a cabeça e me afasto devagar, as mãos erguidas no ar caso fosse preciso colocá-las em ação mais uma vez.

— Sim. — suspira e limpa os cantos da boca em meio a uma careta. — Podemos ir comer agora, se você quiser. — ela esquece o por quê estávamos discutindo em primeiro lugar e eu suspiro aliviada, preferindo não falar sobre o que Natasha e eu fazíamos terça-feira passada.

— E era a minha esposa. — me lembro do que ela disse.

— O que? — pergunta quando já havíamos pago e carregavamos sacolas e mais sacolas em direção a praça de alimentação.

— Você disse que eu estava falando com a minha namorada. Mas a Natasha é a minha esposa. — eu digo aquilo com orgulho e Cèline revira os olhos, me acompanhando até a mesa mais próxima.

「 ... 」

— Oi, pequena. — Natasha caminha em minha direção, e segura o meu rosto em suas mãos, selando com carinho os seus lábios nos meus.

Eu não satisfeita apenas com um simples selinho trato de aprofundar o beijo. Natasha arfa e abre a boca, me dando a liberdade para explorar mais afundo. Eu ouço um pigarrear de garganta ao fundo, mas não me importo, apenas tenho a intenção de matar a saudade daquela boca.

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora