my muse - special.

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2002.

— Davina? — não pode ser, Natasha pensou, quando ergueu a cabeça do travesseiro e avistou a adolescente loira invadindo o seu quarto, pela janela. — O que você está fazendo aqui, sua louca?

Ela se sentou no colchão e esfregou os olhos, desacreditada, era possível Davina estar mesmo ali, em seu quarto, logo após Natasha pensar nela?

— Yelena me deixou entrar. — disse, simples assim, sacudindo a roupa e o cabelo, antes de arrumar a mochila florida nas costas.
— Mas nós temos que ir logo, antes que os seus pais tenham ciência da minha presença.

— Ir pra onde? — franziu o cenho em certa confusão. — Eu estou sonhando?

— O que? Claro que não! — Davina negou e ofereceu a mão para a de cabelo azul segurar. — Pode vir logo, antes que eu mude de ideia? Já está me custando muito estar aqui, depois de tudo o que me fez passar. — provocou, com uma certa pontada de verdade, mas apenas metade verdade, Natasha não era mesmo sempre uma ótima amiga, digamos assim, não para ela, mas depois do que soube do que aconteceu, ela sim, não seria ótima em aspecto nenhum, se não tomasse uma atitude.

— Se os meus pais descobrirem... — Natasha excitou por breves segundos, recuando alguns passos. — Eu não posso, minha mãe, ela...

— Sua mãe não sabe sobre nada, não sabe sobre isso. — a interrompeu, andando em passos largos até a garota, procurando conforta-la. — Eu sei sobre o que aconteceu no baile, sei sobre o que a Maria fez e, estou aqui pra te mostrar que nenhuma destas pessoas te merecem. E então, você vem comigo ou não? — a ofereceu a mão uma outra vez e a sentiu suspirar, com medo.
— Tudo bem, fique aqui então, se deprimindo com música ruim.

Deu de ombros e quando fez menção de que iria se retirar pelo o mesmo lugar qual entrou, Natasha a impediu, a segurando firme.

— Primeiro, não fala mal de Nirvana. — apontou o indicador no rosto da garota a encarando divertida. — Segundo, eu não disse que não iria com você, eu só... eu não sei se confio em você. — brincou, percebendo Davina abrir a boca em indignação.

— E você não deveria mesmo, eu posso estar te sequestrando. — disse e, tomou a liberdade de andar pelo o quarto de Natasha.
— Depois eu vou te ensinar a ser um pouco mais organizada, tá? — comentou, aquele era de fato o quarto de uma adolescente, calçados e roupas sujas espalhados pelo o chão, cama desfeita, pôsteres velhos caindo das paredes, restos de comida em pratos sobre a mesa esquecida em um canto escuro.

— Ei, o meu quarto é perfeito assim, está do jeito que eu gosto. — assentiu, ao cruzar os braços. — E eu não estou saindo muito daqui, então... — completou, sem jeito.

— Não tem problema, vamos sair hoje. — bateu as mãos uma na outra, limpando a poeira que tirou ao tocar na penteadeira e alcançou uma jaqueta usada que encontrou apoiada em uma cadeira por ali.
— Toma, veste isso.

— Pra onde vai me levar? — perguntou, aceitando a peça de roupa e a vestindo.

— Um lugar seguro, você tem uma bicicleta?

「 ... 」

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True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora