taking control.

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— DAVINA!

É preciso o grito estrondoso da minha melhor amiga para me trazer de volta a realidade. Eu me sento na cama, assustada, de olhos arregalados e, eu juro que ao tocar meu peito, posso sentir o meu coração saltitante de forma que faz parecer que o estou segurando entre os meus dedos.

Quando eu me permito vasculhar o ambiente e entender onde estava, me dou conta da presença de Wanda e Elena, ambas me encarando de forma engraçada.

Não foi um sonho, Wanda realmente me gritou, ela estava aqui, sentada ao meu lado, no meu quarto e, a sua namorada a acompanhava.

— Porra, gente, que susto. — respiro e inspiro fundo algumas vezes, massageando o peito, em vão, tentando acalmar a mim mesma.

— Susto? Era você quem estava apagada, dura como pedra! — Wanda foi a primeira a brigar e, logo em seguida veio Elena, quebrando o clima com alguma gracinha típica.

O equilíbrio perfeito.

— Pedra de gelo, né? Porque você estava gelada. — ela observa Wanda concordar e se volta para mim, abrindo um sorriso de dentes perfeitos.

— Sim, eu achei que tivesse morrido. — concorda, me olhando mais de perto e, de cenho franzido toca a minha testa. — Está tudo bem? — ela afasta repentinamente as mãos, e as limpa no lençol, eu estava suando. — Estava tendo um sonho ruim?

Não... não um sonho, mas um flash de memória. Uma lembrança.

Eu as analiso sentadas em minha frente, ruiva e morena, ambas em expectativa, esperando por uma resposta.

— Eu preciso contar uma coisa. — disparo, sem nem pensar. Elas se mexem curiosas, sentando mais perto.

Mais perto do que isso e elas estariam sentando em meu colo.

— Não... — Elena colocou a mão rente a boca, em choque.

— O que? — tanto Wanda quanto eu, nos viramos para ela, curiosas.

— Essa é a parte que você nos diz que matou alguém e quer que te ajudemos a esconder o corpo? — ela falava com uma certa empolgação que me assustou um pouco, tipo, ela realmente acreditava que eu fosse capaz? Bom... vontade não me faltava, isso é. — E eu digo, é claro que vamos te ajudar, né amor?

— Está louca? — sussurra para a namorada, que dá de ombros. — Se ela fez isso nós vamos chamar a polícia.

Eu encaro Wanda e temos internamente uma discussão, entre aquela troca de olhares um tanto intensa. Que ótimo saber com quem eu posso contar, caso isso venha a acontecer.

Wanda nem pensar.

— Não é nada disso. — faço uma careta, gesticulando e Elena em especial, faz outra, aparentando estar decepcionada. Louca.

— Espera aí... — minha melhor amiga é quem me interrompe agora e fala: — Finalmente transou com a Natasha, não foi? Enfim tirou o atraso...

— É isso! — Elena e ela comemoraram como se tivessem ganho na loteria. — Já estava mais do que na hora. — cantarolou e a outra concordou, em sincronia. — Está me devendo uma volta na moto da minha mãe. — Elena lembra.

Uma volta em uma moto. Cruzes... isso me trouxe lembranças.

— Eu nunca deveria apostar com você, sempre perco. — choraminga em brincadeira.

— O que? — imediatamente as interrompo, aos berros. — Não! Gente, a minha vida sexual é um divertimento pra vocês, é isso? — quando elas pararam e fizeram menção de que iriam assentir, eu nego antes. — Quer saber, não respondam.

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora