make a wish.

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Davina encara o teto, aproveitando a carícia em sua barriga. Ela olha para baixo apenas para encontrar os olhos brilhando de sua esposa, que se mantém concentrada em acaricia-la. Davina sorri, conhecia aquele olhar, era o mesmo que vinha recebendo da mulher nos últimos meses, sempre carregado de emoções, entre elas, admiração.

— O que você prefere? — a loira deitada perguntou, a tocando no rosto com a ponta dos dedos, removendo o cabelo que caia, a impedindo de vê-la completamente. — Quer uma menina ou um menino? Ou os dois...

Natasha se afasta por um momento, os olhares de ambas as mulheres se cruzam, em seguida ela se volta para a circunferência cada vez maior na barriga.

— Eu quero muito uma menina, você sabe disso. — Davina não pôde discordar com ela, desde o momento em que souberam sobre a gravidez, e o novo bebê a caminho, Natasha fala sobre um quarto rosa para uma criança que ainda não conheciam. — Mas por alguma razão eu sinto que é um menino. — fez bico.

— Eu também acho que é um menino... é mais intuição, mas... talvez ele goste de rosa também. — brinca, recebendo um beijo casto na ponta da barriga. — Bom, agora, será que é pedir muito um pouco da atenção da minha esposa?

Natasha se coloca de joelhos, aos poucos pairando sobre a mulher manhosa na cama.

— Que esposa ruim eu sou...

— Não, não fala assim... você é a melhor que tem. — apoia as mãos na nuca da ruiva em cima dela, ganhando agora beijos pelo o queixo, que sobem até a orelha.

— Eu te amo, amor. Eu te amo muito, muito mesmo.

Davina iria responder que a amava de volta, mas o movimento inesperado no lado direito de sua barriga a fez saltar e Natasha se mover para longe, preocupada com a mudança repentina de expressão. Ela havia acabado de sentir o bebê se mexer.

— Natasha...

— O que foi? Está sentindo alguma coisa?

— Amor, eu acho que o bebê acabou de se mexer. — ela arregala os olhos e olha para baixo. — Eu acho que ela gosta da sua voz... diz algo.

Natasha volta para a sua posição inicial, se deitando próxima às pernas da mulher e toca o bebê na barriga.

— Oi meu amor... a mama acabou de se referir a você como "ela." — ela conta aquilo empolgada, empolgação essa que só cresce quando Davina agarra a sua mão e a mantém sendo pressionada sobre a parte mais elevada em sua barriga.

— Sente! É a primeira vez que a nossa filha se mexe... — diz encantada.

— Você fez de novo. Ela fez de novo, bebê, se referiu a você no feminino. — sussurrou para a criança na barriga, que mais uma vez se remexeu, chutando as mãos ansiosas para segurá-la.

— Ela gosta de você. — Davina apontou, deixando escapar um resquício de lágrima ao piscar para Natasha embaixo.

— Ou ela gosta de ser uma menina. — murmurou, fazendo Davina rir, divertida. Ela não desistiria da ideia de ter uma menina.

Natasha a olhou mais uma vez, o brilho de felicidade estampado, o sorriso praticamente rasgando o seu rosto. O coração de Davina está batia acelerado no peito, não tinha nada que pagasse o prazer de ver o amor da sua vida feliz daquela forma, valia a pena. Tudo, valia a pena.

「 ... 」

Eu abro os olhos e o meu corpo parece pesado, eu me sento no colchão um tanto ofegante e passo as mãos geladas no rosto, o meu coração bate descompassado. Eu olho para o lado e não encontro Natasha, apenas o seu lado bagunçado e o roupão usado, prova de que ela esteve aqui noite passada. Eu inspiro e expiro algumas vezes, procurando acalmar a mim mesma.

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora