a hora da bolha ━ parte 1.

685 97 18
                                    

São 21:05pm e eu estou tentando colocar Cecília na cama, mas a menina continua inquieta e se recusa a ir dormir sem antes dar o seu beijo do sono em Natasha.

— Cadê a mamãe, eu tenho que dar um beijo nela ainda. — ela me olha e faz um biquinho, pidona.

Me digam uma maneira, uma só, de resistir a esses olhinhos azuis, enquanto ela abraça o seu ursinho de pelúcia favorito, num macacão de pijama preto e branco, me diga essa maneira e eu direi que está mentindo. É estaticamente impossível resistir a ela.

— Tudo bem, pequena. — suspiro e a vejo abrir um enorme sorriso, o sorriso da vitória.
— Eu vou chamar ela, fique quietinha aqui, tá bem?

Ela assente e se deita, quase adoravelmente sumindo embaixo do seu cobertor temático da Princesa e o Sapo, quando eu tenho a certeza de que está aconchegante e quentinha, lhe entrego o meu beijo do sono, a desejo uma boa noite e enfim, me levanto e saio, a procura de Natasha, porque eu sei que ela continuaria esperando acordada a noite toda se necessário, até vê-la atravessar a porta de seu quarto e beijá-la na testa.

Eu nem pensei quando me encaminhei direto para o seu estúdio, era o cômodo onde eu teria 100% de certeza que a encontraria, mas ao perceber a porta entreaberta, eu já não tinha mais 100% de certeza tanto assim, ela não estava. Então olhei na cozinha, sala, banheiros espalhados pela a casa e por fim, eu estava de volta no segundo andar, passei pelo o quarto de Yelena, chamei e nada.

Eu estava pronta para decepcionar Cecília e ouví-la chorar ao dizer que a sua mãe havia saído sem antes colocá-la na cama, mas sou barrada, a luz do nosso quarto estava acessa, era o último lugar possível para ela estar.

— Nat... — eu me calo e travo ao me deparar com aquela cena, engolindo em seco.

Natasha está parcialmente de costas para mim, então não pode me ver, mas eu a vejo... ela está usando apenas um conjunto de lingerie preta, e os cabelos estão úmidos e bagunçados, o que comprova que o motivo de eu não a encontrá-la em lugar algum, era porque estava no banho e acabara de sair...

Ela está distraída enquanto digita algo em seu celular nas mãos e ri sozinha, negando.

Eu pigarreio e balanço a cabeça, tentando ao máximo não grudar os olhos em suas pernas grossas e definidas totalmente expostas e, a sua tatuagem nas costas musculosas, que me deixou com sede quando uma única gotícula de uma mecha do seu cabelo caiu e escorreu... e sua... sua bunda.

Não, eu não estou olhando!

— Merda, que susto! — a voz alarmada de Natasha me faz arregalar os olhos e afastar qualquer tipo de pensamento maldoso que eu posso ou não posso, ter tido com ela e, eu me lembro do verdadeiro motivo de estar atrás dela, pra começar, nossa filha. — Desculpa o palavrão, mas você me assustou, amor.

Amor...

Eu até tentei colocar a cabeça no lugar e ter pensamentos coerentes, mas o mais coerente que eu conseguia chegar, era no quanto ela estava atraente, ainda mais agora parada de frente para mim, e os seus seios apertados naquele sutiã me faziam formigar as mãos de vontade de rasgar a peça que me impedia de ter a visão do paraíso.

Por que eu não consigo raciocinar e ter a reação de não olhar pra ela?

Natasha parece ter algum tipo de áurea sexual que ultimamente tem me atraído como imã.

Não é porque eu não me lembro de alguns anos da minha vida, que eu parei de apreciar a anatomia feminina, eu sempre gostei de apreciá-las, na verdade. 

E com apreciá-las, eu estou incluindo essa mulher agora aqui comigo. Mesmo quando ela era irritante e idiota, ela ainda era linda.

— Ou, está tudo bem aí? — Natasha estala os dedos próximo a meu rosto, chamando a minha atenção e... quando foi que ela ficou tão perto de mim assim? — Está se sentindo bem? Está meio pálida.

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora