she's my problem.

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— Meu amor. — mamãe me chama quando eu me levanto do sofá, eu paro no meio do caminho e me viro para ela. — Cadê o sorriso de minutos atrás? — ela move os dedos indicadores próximos a seu rosto, desenhando um falso sorriso.

— Não faz essa cara, irmã. — Cèline diz do outro lado. — Você nem tenta se dar bem com ela.

Ótimo, são duas contra mim agora.

— Eu não quero me dar bem com ela.

Digo, da boca para fora e acabo me arrependendo no segundo seguinte que noto o meu pai em pé ao meu lado, Cecília dependurada em seu braço de um lado e Maeve do outro, os três me encarando, boquiaberto.

Cecília estava me encarando...

— Está bom assim? — dou as costas a eles as pressas e me viro para mamãe e minha irmã, esboçando o melhor sorriso que consigo.

— Para de ser assim, você não está mais no colegial. — Cèline implica, mal conseguindo se mover, eu não pude me importar muito com as coisas que ela me dizia, quando tudo o que eu conseguia reparar, era naquele bebê, bom, o seu bebê dentro de sua barriga.

Ele pularia pra fora a qualquer momento.

— Natasha é uma mulher incrível, se permita ver isso. — o meu pai sussurra para mim, antes de se retirar com as suas duas macaquinhas dependuradas. – Steve era um ótimo pai, marido, avô, sogro e com certeza um ótimo amigo também, se eu fosse ao menos metade parecida com ele...

Eu as observo uma outra vez, e tanto mamãe, quanto a irritante da minha irmã, estão assentindo para mim, dizendo de modo silencioso, mas nada discreto, que concordavam com ele.

Será?

「 ... 」

Tudo bem, ou Wanda, com o passar dos anos, havia ficado sentimental demais, ou ela estava passando por aquela inevitável época do mês, Natasha chegou e toda a sua atenção era depositada nas duas únicas crianças na casa, as duas únicas já nascidas, isso se você não incluir Yelena, é claro. Ela e Elena estavam com a câmera a... pelo o que eu contei, duas horas, e uma foto que tiraram em específico, de Natasha, Maeve e Cecília juntas, a deixou emocionada, disse até mesmo que levaria para emoldurar e adicionar na decoração de sua sala de aula, – ela definitivamente estava naquela época do mês.

Do outro lado tínhamos a sua namorada, que junto de Kate, tentavam, bom, tentaram, no passado, pois já haviam desistido –, me ensinar a usar aquela coisa que captura momentos e os congela para sempre, sim, eu estou falando da câmera, Natasha aparentemente não ia a lugar algum sem aquela coisa –, mas eu não me dou muito bem com nada digital, não me dou bem com a tecnologia em geral, é tudo tão diferente do que eu me lembro.

Tipo, tudo mesmo.

Cèline está agarrada em mim, literalmente agarrada, me segurando como você segura o seu ursinho favorito na hora de dormir, segundo ela, era uma das poucas posições confortáveis a essa altura de sua gravidez, lorota, ela estava se aproveitando do fato de que poderia exigir o que quisesse, afinal, quem diria não a uma mulher grávida e de quebra, levemente assustadora? – enquanto assistimos de fora, Natasha fotografar a nossa família, as vezes ela se vira e tira algumas fotos nossas distraídas, eu tento me manter realmente distraída, mas a forma como ela me olha, mesmo depois de me ter em muitas de suas fotografias, me desconcerta.

— Minha irmãzinha... — ela murmura, se aconchegando com a cabeça em meu ombro, eu a observo de cenho franzido.

— Sabe de uma coisa... — começo e escuto ela fazer um som de "hm?" nasal, e espera que eu prossiga. — Deveria ficar grávida mais vezes.

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora