— Meus amores! — mamãe quem nos recebeu e, apesar de usar o plural ao saudar e parecer que estava dirigindo a palavra a suas filhas que acabavam de chegar, ela falava mesmo era com o bebê dentro da barriga de Cèline.
— Como está o meu netinho, uh?Eu não disse?
— Ele está ótimo, cada dia maior, quem não está bem sou eu. — Cèline disse, assistindo mamãe com brilhos nos olhos, babar em sua barrigona.
— O que? Está sentindo alguma coisa, está com dor, quer se sentar, quer um copo de água? — Peggy disparou a falar, tocando Cèline por todo o seu corpo, procurando qualquer coisa mínima fora do lugar.
— Diz que a mamãe faz. — minha irmã me olhou, antes de afastar as mãos da mulher e eu tive que disfarçar uma risada.— Eu estava brincando, não seja tão exagerada mãe, você é sempre assim. — ela revirou os olhos e se afastou, a procura do acento mais próximo, onde se acomodou, "você é sempre assim", me fez pensar se comigo grávida de Cecília era a mesma coisa. — O seu neto só está sugando todas as minhas energias, eu estou enorme, não paro de sentir fome e tudo é motivo pra me deixar irritada.
— Eu que o diga... — Kate, que até o momento, se mantia distraída, paparicando Príncipe, que como um folgado, estava esparramado de barriga pra cima aos seus pés –, falou.
— O que disse, Katherine? — minha irmã a fuzilou com o olhar e todos os presentes puderam ver quando ela engoliu em seco e ergueu as mãos em rendição, negando.
— Ótimo, foi o que eu pensei.— Imagina, filha, você está linda. — minha mãe se voltou para ela uma outra vez e abanou o seu rosto, antes de acariciar seus cabelos presos de mal jeito, parecia mesmo estar sendo sugada e parecia doer como o inferno. — Sua pele está maravilhosa.
— É só oleosidade... — Cèline se emocionou, assim, sem mais nem menos.
— Gente... — eu murmurei, examinando os rostos a mais presentes no ambiente, um tanto quanto confusa, ela estava chorando porque a sua pele está oleosa ou...?
— São os hormônios. — Kate prontamente se ergueu, esquecendo um cachorro idoso e resmungão para trás –, indo a consolar, como a esposa boa e obediente que era.
— Eu estou aqui, meu amor... — a abraçou, evitando aperta-la demais.— É tudo sua culpa, por me fazer comer aquela pizza gordurosa! — esbravejou.
— Eu nem gosto de pizza... — agora choramingou, lágrimas fluindo de forma que ela soluçava, como se tivéssemos roubado o seu doce favorito.— Mas você praticamente implorou por — Kate me olhou, em um pedido de ajuda silencioso, mas parou de tentar se defender quando notou os olhos arregalados dela sobre si.
— Eu mesma me lembro de você pedindo por uma fatia extra, não é justo com a pobre da Kate. — eu tento também, defender a minha cunhada, que eu meio que peguei gosto pela a sua pessoa, mas não surte efeito, não a nosso favor, pelo menos.
— Sai daqui! — ordenou, especificamente, para a sua esposa, que cabisbaixa, me encarou e sussurrou um "valeu por isso", ao fazer menção de que iria se retirar.
— Mas o quê? — resmungo, mais indignada impossível e eu não escondo isso em minha feição.
— Onde você vai? — Cèline pergunta, brava.
— Me pediu pra sair. — a respondeu, óbvia, e deu de ombros.
— Eu quero que fique. — fez um biquinho, adorável aos olhos de Katherine, que abriu o maior sorriso abobalhado e ao mesmo tempo, apaixonado, que já vi.
Ela se apressou em se acomodar ao lado de minha irmã a mimando com beijinhos e palavras de afirmação que eu não me dei ao trabalho de entender.
— Esquisitas. — sussurrei comigo mesma, negando e quando menos estava esperando, mamãe me estapeou para chamar a minha atenção.
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True Love ↷ Natasha Romanoff.
FanfictionJá pensou na possibilidade, de que um dia, você poderia estar indo dormir uma adolescente e na manhã seguinte, acordar na cama, ao lado da pessoa mais deplorável da face da terra e, pior ainda, descobrisse que não apenas disse sim a ela, como também...