a new baby.

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NATASHA, point of view.

Movimentos rápidos, certeiros e sincronizados, como uma profissional. Davina tem se saído melhor do que eu esperava. Os créditos são todos dela quando ela se esforça e aparentemente aprende rápido.

Eu apoio o queixo em seu ombro enquanto a assisto cortar os morangos para a torta, a agarro como um bebê coala, e quando não recebo reclamações sei que não estou a atrapalhando.

— Experimenta. — ela diz ao me oferecer um pedaço da fruta vermelha na minha boca, eu mordisco a ponta de seu dedo antes que ela retire o dedo e sorrio, mastigo o morango e por pouco não suspiro, estava no ponto.
— Canibal.

— E daí? Eu tenho uma esposa tão gostosa que quero devorá-la. — brinco, mordendo agora o seu pescoço e quando ela tenta fugir a aperto mais contra mim. Davina vira o rosto e me encara por cima do ombro.

— Eu amo você, sabia?

Eu me inclino um pouco mais para ela, as minhas mãos escorregam para os seus seios e eu os aperto.

— Sabia. Gostosa.

— Natasha... — ela se remexe em minhas palmas quando eu arrisco aumentar a pressão do meu apertão.

— Está vendo? Você é irresistível. — toco o lóbulo de sua orelha com a boca e a beijo.

— Não vamos comer essa torta hoje se você continuar assim...

— Tudo bem. Eu vou me comportar agora. — me dou por vencida e volto para a minha posição inicial, mantendo o queixo apoiado em seu ombro enquanto a auxilio.

...

Horas mais tarde após uma torta de morango inteira ter sido devorada, escolhemos subir para o quarto de Cecília para brincar de bonecas barbie. Estava tudo uma delícia, principalmente os beijos que trocávamos todas as vezes que a mais nova virava as costas. Somos o trio perfeito, que logo se transformará em um quarteto, a vida poderia ficar mais bela do que isso?

— Mama está roubando!

— Eu não estou não!

Davina e Cecília debatem, porque segundo a minha filha, minha esposa pegou a boneca que deveria ser a dela, e segundo Davina, Cecília é quem deveria ser mais rápida ao tomar decisões. Eu me vejo sem reação ao assistir às duas discutindo como irmãs, que não consegui rir. Mas a situação toda está realmente engraçada, é incomum ver uma mãe e uma filha discutindo tão seriamente sobre uma brincadeira, mas aparentemente não nesta família.

— Quer saber, eu não quero mais brincar.

— E quer saber também? Nem eu!

Cecília rebate, sem perceber imitando as ações da mais velha e cruza os braços, ficaram as duas emburradas de bico empinado. Eu nego boquiaberta sem acreditar que isso estava mesmo acontecendo.

— Será que vocês duas irão parar com isso ou eu vou ter que colocar vocês de castigo? — nenhuma das duas pareceram me dar ouvidos e continuaram em uma troca engraçada de olhares raivosos, claramente vemos quem é que manda nesta relação. — Davina e Cecília Romanoff!!

— Oi, mamãe.

— Sim, amor.

Elas respondem em uníssono, foi tão adoravelmente lindo que eu quase não consigo conter o sorriso. Mas contenho, eu tinha duas crianças para disciplinar.

— Era pra ser uma brincadeira, um momento divertido e vocês duas conseguiram estragar tudo. — as duas abrem a boca com a intenção de rebater, mas eu sou mais rápida ao erguer a mão, as mandando se calarem. — Eu não quero ouvir, vocês já falaram muito por uma noite só. — eu me levanto sob o olhar desapontado delas e devolvo as bonecas em minha mão para a caixa, antes de me voltar para ambas. — Vocês duas limpem essa bagunça, estou indo pra cama. Se eu ouvir mais uma palavra sequer...

True Love ↷ Natasha Romanoff. Onde histórias criam vida. Descubra agora